Valorização da indústria, inovação e economia circular são destaque no encerramento do Dia da Indústria

24/05/2019   22h45

Encerramento do Dia da Indústria, no Auditório Albano Franco, Casa da Indústria

 

Ao abrir o evento que fechou as comemorações do Dia da Indústria no Rio Grande do Norte, na noite desta sexta-feira, 24, em Natal, o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, enfatizou a valorização da indústria no contexto nacional, estadual e municipal. “A indústria precisa ser compreendida como uma instituição promotora do desenvolvimento. Os verdadeiros heróis da resistência do Brasil são as pessoas que produzem e que geram emprego e renda”, disse.

 

 

Na palestra “O DNA da Inovação”, o consultor e economista Cláudio de Moura Castro, disse que todo mundo pode inovar, mas que é preciso que as empresas tenham em mente alguns pontos. “Valorizar a inovação, não dispersar esforços para inovar, apoiar as boas iniciativas, e buscar educação de qualidade, são decisões necessárias para um país inovar”, explicou Moura Castro.

 

 

Já o presidente para a América Latina da SKF, Claudinei Reche, que ministrou a palestra a “Indústria em Movimento”, disse que é impossível segurar a inovação. “A inovação sempre vem, tudo mudou com a indústria 4.0, mas eu considero que esta ainda não é a grande modernidade que está por vir, a grande revolução será a valorização humana. Vemos como exemplo a China, que transformou completamente sua indústria e conseguiu reduzir em 40% a poluição em Beijim (Pequim)”, enfatizou.

 

 

Reiche disse que na China já existem robôs que fazem o trabalho correspondente a 80 pessoas, mas que é necessário um grande investimento. “A fama que a China tinha de produzir muito usando mão-de-obra barata mudou, a realidade hoje é outra, eles realizaram uma grande transformação tecnológica, em 10 anos eles mudaram completamente a sua indústria”, disse, e acrescentou, “E sabe por quê? Porque o Mundo mudou”.

 

 

ECONOMIA CIRCULAR

Outro tema explorado na noite, por Reiche, foi economia circular, que está em alta. Foi explicado que o termo nunca foi tão discutido como os últimos tempos. Por esta estratégia de negócios, os produtos que usamos para todos os aspectos da vida são muitas vezes projetados e fabricados com pouca atenção para os recursos consumidos ao fazê-los e o que acontece com eles no final do ciclo de vida. Além das compras mais caras que fazemos, como um carro ou uma casa, a despesa em reparar um produto quebrado é maior do que comprar um novo. “Assim, toneladas de resíduos são produzidos e encaminhados para aterros. sanitários. A economia circular prevê a produção de produtos que durem mais tempos”, disse.

 

Reiche e Castro concordaram no que se refere a localização, o ambiente, que segundo ambos contribuem para a inovação. Eles mostraram mapas e contaram história sobre locais e pessoas que contribuíram para inovação ao longo do tempo. Ambos defenderam os cuidados com a natureza, os cuidados com o consumo e com a educação da humanidade. “O mundo acabaria se todos nós consumíssemos como o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha”, concluiu Reiche.

 

 

 

Estiveram presentes ao evento Eudo Laranjeiras, presidente da FETRONOR; Ronaldo Lacerda, da ASCONF; Márcia Maia, diretora presidente da AGN; Sílvio Torquato, Secretário Adjunto da SEDEC; George Câmara, Secretário de Planejamento e Finanças; Ricardo Valério, Presidente do CORECON; Luiz Antonio Lacerda, vice-presidente da Fecomércio; Paulo César Medeiros, Secretário chefe do gabinete civil da Prefeitura Municipal de Natal; Benes Leocádio, Deputado Federal; Antenor Roberto, vice-governador do Rio Grande do Norte; Conceição Tavares, vice-presidente da FIERN; Silas Santana, diretor de vendas da SKF; Vitor Leão Miranda, consultor de vendas da SKF; Juliano Martins, superintendente do SESI; Emerson Batista, diretor regional do SENAI; Helder Maranhão, superintendente de relações institucionais da FIERN; Maria Angélica, superintendente do IEL, diretores e dirigentes do Sistema FIERN, além de empresários e membros da sociedade norte-rio-grandense.