Municípios do semiárido temem fechamento de facções de costura

25/09/2017   09h54

 

Com o objetivo de sensibilizar o judiciário e não prejudicar o Pró Sertão, diversos municípios do Seridó estão se mobilizando com a realização de audiências públicas. Assim nasceu o movimento “Grito do Emprego”, que realizou sua segunda mobilização sábado (23), em Parelhas.

 
A caminhada dos trabalhadores das facções com faixas e cartazes saiu da praça da matriz com destino ao Clube Acampar. O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, foi representando no ato pelo presidente do Sindicato dos Bonés e Chapéus do Rio Grande do Norte, Jaedson Dantas.

 
Para Eva Vilma, presidente da Associação dos Faccionistas do Seridó – AFASE, o fechamento das facções de costura prejudicaria fortemente o comércio. “Em Parelhas são 12 empresas criadas com o Pró Sertão, 450 famílias envolvidas e uma renda mensal aproximada de 600 mil no município”, explicou a presidente da AFASE.

 
Representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Parelhas reforçaram a preocupação com o desemprego que possa ser gerado. De acordo com o empresário Markson Oliveira, há toda uma cadeia produtiva que será prejudicada com a possibilidade do fechamento das facções de costura que, em sua avaliação, são imprescindíveis para a geração de emprego e renda em toda a região.

 
Durante a audiência pública em Parelhas, o governador Robinson Faria reafirmou o apoio ao fortalecimento do Pró Sertão e anunciou que tratará com a Secretaria de Tributação do Estado sobre novos incentivos para as indústrias de confecções. O governador anunciou ainda a melhoria de rodovias estaduais para facilitar o escoamento da produção. Deputados, prefeitos, vereadores, representantes da FIERN, Sebrae e Fecomércio prestigiaram a audiência publica em Parelhas