Sondagem mostra que indústria da construção potiguar encerrou 2017 em queda

29/01/2018   12h39

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que, no mês de dezembro, a atividade do setor registrou queda mais intensa e ficou abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete ininterruptamente desde fevereiro de 2013. Acompanhando o desempenho negativo da atividade, o número de empregados também caiu, mantendo o movimento de baixa que vem sendo observado desde outubro de 2013.

 

O nível médio de Utilização da Capacidade de Operação (UCO), por sua vez, passou de 38% em novembro para 42% em dezembro. Em janeiro, as expectativas da Indústria da Construção para os próximos seis meses apontam crescimento do nível de atividade e das compras de matérias-primas, mas preveem redução no número de empregados e na contratação de novos empreendimentos. A intenção de investimento do conjunto da indústria voltou a subir e atingiu o maior valor para um mês de dezembro desde 2014, quando o indicador atingiu 40,6 pontos.

 

 

No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários mostraram-se mais insatisfeitos com a margem de lucro e revelaram menor insatisfação com a situação financeira de suas empresas no final de 2017. O acesso ao crédito permanece difícil, mas observa-se uma redução dessas dificuldades. Além disso, avaliaram os preços médios das matérias-primas como mais elevados do que trimestre anterior. Em comparação ao último trimestre de 2016, observa-se melhora em todos os indicadores avaliados.

 

Os principais problemas do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, foram, por ordem de importância, a elevada carga tributária, a falta de capital de giro, a inadimplência dos clientes e as elevadas taxas de juros. Considerando o balanço anual, com base na série histórica a partir de 2014 e a percepção dos empresários, tem-se que, o nível de atividade do setor em 2017 foi marcado por fortes oscilações, mas ficou acima do nível observado em dezembro de 2015; o patamar do emprego foi menos desfavorável do que as médias de 2015 e 2016; o nível de atividade efetiva em relação ao usual foi a mais baixa da série durante o primeiro semestre, mas conseguiu ultrapassar a média de 2016 nos últimos três meses do ano. Mesmo assim o indicador de Utilização da Capacidade de Operação manteve-se no patamar mais baixo da série durante todo o ano.

 

No que diz respeito à situação financeira, o sentimento dos empresários é de que se encontra menos difícil do que nos últimos trimestres de 2015 e 2016, mas ainda distante dos níveis observados no fim de 2014. Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 26/01 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram no final do ano, com a diferença de que os empresários nacionais preveem crescimento no número de empregados e na contratação de novos empreendimentos nos próximos seis meses.

 

Para maiores informações sobre a Sondagem Nacional, favor acessar o link: http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industria-da-construcao/