
O vice-presidente da FIERN, Pedro Terceiro de Melo, foi empossado nesta terça-feira à noite, na Casa da Indústria, como presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica para Construção do Rio Grande do Norte (Sindicer-RN). O setor cerâmico é um dos mais relevantes na economia do estado por estar presente em várias cidades. “O setor é priorizado entre as 26 cadeias produtivas do RN, e está entre os oito com maior perspectiva de crescimento”, disse Terceiro em seu discurso.
Para Pedro Terceiro a participação ativa dos poderes públicos, universidades e empresariado serão cruciais para que o RN acelere sua entrada na indústria 4.0. “No panorama atual, em que incertezas nos cercam somar esforços é o nosso lema, com espírito de união, trabalho e empreendedorismo seremos um setor cada vez mais forte”, disse o industrial.

Na cerimônia, o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, saudou a nova diretoria do Sindicer-RN e falou das demandas que a Federação tem com o setor cerâmico, dos projetos e do apoio do Sistema ao segmento. “Temos dado nossa contribuição através de parcerias, de capacitação e qualificação para os recursos humanos da cadeia produtiva”, informou ao parabenizar a todos os diretores empossados.
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Azevedo, parabenizou a todos e engrandeceu a força do industrial do setor cerâmico. “O ceramista é um herói, que enfrenta todas as dificuldades, e entre eles uma maior, que é a burocracia”. Os empossados também foram felicitados pelo Superintendente do SEBRAE, José Ferreira de Melo Nelo, que lembrou dos primeiros tempos do Sindicer-RN, das reuniões e das conquistas.

Já o presidente do Sindicer-RN, Vargas Soliz Pessoa, que passou o cargo para Pedro Terceiro, falou do seu tempo de gestão, das conquistas e dos programas que marcaram o tempo em que ele esteve à frente do setor cerâmico. “Durante esse tempo encampamos vários projetos que nos permitiram avançar. Conseguimos melhorar os fornos de mais de 40 empresas, que hoje atuam com menor emissão de gases, implantamos o programa Tijolo Legal, que hoje é uma realidade. Mas o setor ainda precisa de muito trabalho”. Dirigiu-se a Terceiro e disse: “Estamos juntos nessa luta”.
LUTA – Depois de oito anos de dedicação apenas à Federação e às empresas, Pedro Terceiro volta a atuar também nas atividades sindicais, com novas propostas que serão anunciadas em seu plano de trabalho para o quadriênio 2018-2022. Ainda na solenidade ele explicou que o setor é formado, em sua maioria, por micro e pequenas empresas, na maior parte de origem familiar. “Empregamos diretamente seis mil pessoas, sem contar os empregos indiretos”, disse.

Acrescentou que o Rio Grande do Norte é um estado que se destaca em produção no Nordeste e é o maior produtor e telhas do país. Afirmou que o crescimento sustentável da indústria cerâmica potiguar dependerá em geral do nível do nível de colaboração alcançado pelos diferentes agentes públicos e privados. “Nenhum programa deve ser lançado sem ouvir primeiro o parecer dos agentes interessados. Nenhum processo de modernização será completo sem criar uma cultura de transferência de tecnologia”.

Terceiro defendeu que para maior consistência e sustentabilidade dos produtos do segmento é necessário inovação. “Queremos a inserção de novas tecnologias, com destaque para a utilização de combustíveis sustentáveis e energias renováveis. Dentre essas energias destacamos a energia solar que também trará mais economia no custo de produção”.