Marinho Herculano é reeleito presidente do Sindvest (2018/2022)

22/05/2018   16h55

 

Reeleito à presidência do Sindicato da Indústria do Vestuário do Estado do Rio Grande do Norte (Sindvest), para o período 2018/2022o industrial Marinho Herculano faz uma avaliação da atual situação do setor. “Mesmo sendo um otimista, não temos como dizer que está bem. Estamos nessa crise absurda nos últimos dez anos e sem perspectivas. E quando estamos nos preparando para decolar, aí vem outro problema como este agora com o aumento do dólar e trava a economia” observa.

 

O industrial lembra que nas últimas três semanas, houve um aumento de 16% na matéria-prima (tecidos importados) devido a variação cambial. “É impossível prever qualquer perspectiva de melhora no curto prazo, porque não temos segurança na economia, com o quadro político que temos hoje”, disse.

 

Segundo o empresário, o segmento de confecções foi um dos que mais sofreram perdas de postos de trabalho nos últimos anos no Estado. “Para cada máquina de costura, a gente emprega 1,8 trabalhador. É diferente da indústria têxtil ou de metalurgia, que cada pessoa por máquina trabalha por outras 20 pessoas”, disse Marinho Herculano.

 

O setor empregava 30 mil funcionários há dez anos. “Hoje, com a queda da taxa de emprego e fechamento da maior empresa da América Latina, devemos empregar a metade”, disse.

 

A crise, segundo o industrial, também restringiu o crédito para o setor e aumentou a burocracia, por parte dos bancos públicos oficiais, para o acesso as linhas de financiamentos. O maior rigor para liberação do crédito leva muitas empresas a procurar instituições particulares com taxas mais elevadas, o que aumenta os custos de produção em momentos mais críticos. “Quando a empresa entra em dificuldade, se recorre aos bancos particulares mesmo sendo três ou quatro vezes mais caro do que os públicos, em algumas áreas de crédito. Há a oferta, mas com muita restrição”, pondera ele.

 

A próxima gestão terá como prioridade fortalecer o associativismo da indústria de confecções, não apenas junto às de grande porte como também as pequenas. O setor é formado por empresas de pequeno porte, que enfrenta alta taxa de desemprego com a crise. “Precisamos ampliar o número de filiados, fortalecer os associados”, afirma.

 

Marinho Herculano avalia o potencial de recuperação do setor em relação as políticas econômicas. “Ao mesmo tempo que cai rápido, ele também sobe rápido e volta a crescer quando a economia melhora. Já passamos isso com a mudança dos vários planos”, disse. Além disso, os resultados sofrem com concorrência de produtos importados, com a transferência de algumas plantas de produção de empresas do Sul para o Paraguai, onde os custos são mais baixos do que no Brasil, e dos produtos da China que tem um crescimento de 7%.

 

Composição da chapa 2018/2022

 

Diretoria

Presidente: Marinho Herculano de Carvalho

Vice-presidente: Jairo Amorim Gomes de Araújo

1º Secretário: João Batista Gomes Lima

2º Secretário: Alberto Mattioli Neto

1º Tesoureiro: Antero Cezar Lopes Clemente

2º Tesoureiro: Marinho Herculano de Carvalho Júnior

 

Suplentes da Diretoria

Delcindo Mascena dos Santos

Mauro Henrique Gadbem

 

Conselho Fiscal – Efetivos

Eduardo Barbosa Campolina

Ricardo Youssef Amer

Márcio Barbosa de Carvalho

 

Conselho Fiscal – Suplentes

Matheus Mascena de Azevedo Santos

Maísa Medeiros de Melo

 

Delegados Representantes junto a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte – FIERN – Delegados Efetivos

Marinho Herculano de Carvalho

Marinho Herculano de Carvalho Júnior

 

Delegados Representantes junto a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte – FIERN – Delegados Suplentes

Antero Cezar Lopes Clemente

Márcio Barbosa de Carvalho