Produção industrial potiguar cresce pelo segundo mês seguido, aponta Sondagem Industrial/FIERN
A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, na percepção dos empresários, a produção industrial potiguar registrou novo aumento em julho de 2020, mais intenso que o observado no mês anterior. Com essa alta, a produção industrial alcançou o patamar mais elevado da série histórica iniciada em 2010. Acompanhando o desempenho positivo da produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) passou de 61% para 71%, ainda assim, considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de julho. O número de empregados, por sua vez, registrou queda, apesar do aumento da produção, mantendo a tendência de baixa que vem sendo observada desde janeiro de 2020. Já os estoques de produtos finais permaneceram em queda – a quarta consecutiva -, e abaixo do planejado pelas empresas. Cabe considerar, no entanto, que estoques em queda e abaixo do planejado, em um contexto de retomada, podem ser um indicativo de que a produção industrial continuará em crescimento nos próximos meses.
Com efeito, nesse cenário de recuperação da atividade, a Sondagem captou um maior otimismo do empresário, com perspectivas de alta em todos os indicadores avaliados, a saber: demanda, quantidade exportada, compras de matérias-primas e número de empregados. Pelo quarto mês seguido, aumentou a propensão a investir do empresário potiguar. Com essa alta, o índice acumula expansão de 8,0 pontos no período de maio a agosto. Mas não conseguiu superar sua média histórica (hoje em 49,1 pontos) e está 17,9 pontos abaixo do índice de agosto de 2019 (61,1 pontos). Ou seja, apesar da tendência de recuperação, os empresários ainda estão reticentes com os limites representados pelo cenário e convictos de que as restrições impostas pela pandemia ainda não foram superadas.
A atividade industrial mostrou dinâmicas distintas entre os dois portes de empresas pesquisados, em julho de 2020. As médias e grandes indústrias apontam aumento da produção e as expectativas para os próximos seis meses são otimistas com relação à quantidade exportada, às compras de matérias-primas e ao número de empregados. Em sentido contrário, os dados das pequenas empresas mostram queda moderada da produção e perspectiva de queda das exportações, das compras de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses. Com relação à tendência de queda nos estoques de produtos finais e respectivos níveis abaixo do usual, comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 20/08 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional os empresários reportaram aumento no número de empregados na passagem de junho para julho.
