Renegociação de dívidas com fundos regionais ajudará a destravar crescimento

5/01/2021   17h30
Medidas são defendidas há quase 30 anos pela indústria

 

Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como muito positiva a edição de duas medidas provisórias, assinadas em 17 de dezembro de 2020, que permitem a renegociação de dívidas com os fundos constitucionais de financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), e com os fundos de investimentos regionais da Amazônia (Finam) e do Nordeste (Finor).

 

Para a indústria brasileira, uma solução para o endividamento de empresas com os fundos é medida defendida há quase 30 anos e contribuirá para destravar o crescimento de regiões menos desenvolvidas do país. A CNI destaca que tal problema decorre, em grande parte, de situações econômicas inesperadas, ocorridas no período de estabilização da economia nas décadas de 1990 e 2000.

 

O setor produtivo entende que a edição das medidas é resultado de um diálogo construtivo com o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional, na busca por uma solução definitiva para o problema do endividamento com os fundos constitucionais e de investimento.

 

A CNI considera, ainda, ser fundamental que esse diálogo permaneça, agora contando também com o papel do Congresso Nacional, para aprovação das medidas provisórias e a identificação de eventuais aperfeiçoamentos.

 

Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e da Associação Nordeste Forte, que reúne entidades do setor produtivo para promover ações de desenvolvimento socioeconômico da região, Amaro Sales destacou a importância das medidas.

 


“Esse é um momento em que precisamos colocar o setor da produção em evidência, tornar as empresas viáveis e produtivas. É o momento de o Brasil avançar”, afirmou Amaro Sales.


 

Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) e da Ação Pró-Amazônia, formada pelas federações das indústrias dos estados da Amazônia Legal, José Adriano afirma que a medida deve dar impulso à retomada da economia.

 

“Essa medida terá papel importante para a continuidade do desenvolvimento da região amazônica, especialmente em um momento em que as empresas brasileiras se encontram fragilizadas pelos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia do país. Para a indústria da região Norte, é um avanço importante para fomentar o crescimento sustentado de nossa região”, diz.

 

Confira, na íntegra, o Posicionamento Associação Nordeste Forte e Ação Pró-Amazônia