A necessidade de reformas estruturais – do sistema tributário e administrativa – e a agenda de defesa de interesses das micros e pequenas empresas foram abordadas pelo presidente do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (COMPEM) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Amaro Sales de Araújo, durante a abertura da reunião do Compem da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FINDES). O encontro, realizado na tarde desta segunda-feira (8), de modo virtual, reuniu também a presidente da FINDES, Cristhine Samorini, o presidente do Compem/FINDES Ricardo Augusto Pinto, a consultora da CNI, Suzana Silveira, conselheiros e presidentes de sindicatos.

 

 

O presidente do Compem Nacional e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) destacou a importância do setor de Micro e Pequenas Empresas que responde por mais de 50% dos empregos gerados e 40% da massa salarial nacional e, pela capilaridade das empresas nas mais diversas atividades econômicas, consegue reagir quando há políticas de incentivo. “O empresário, sobretudo o micro e o pequeno são os heróis da resistência como costumo dizer, independente do governo, das bandeiras, está sempre ali na luta, gerando emprego, pagando imposto, fazendo a economia girar. Porque a nossa causa é o desenvolvimento econômico do país. Por isso, o setor precisa de incentivo e tratamento diferenciado’, enfatizou Amaro Sales.

 

 

A simplificação do sistema tributário brasileiro, na avaliação do industrial, deve ser prioritária para a retomada do desenvolvimento econômico, sobretudo nesse período de pandemia. Ele enfatizou a necessidade de dar celeridade no tratamento do tema, para atribuir segurança jurídica e regras transparentes para que as empresas possam voltar a investir e produzir. Além disso, defendeu a reforma administrativa como forma de otimizar a máquina pública e reduzir desperdícios.

 

 

Amaro Sales lembrou ainda a perda de competividade das MPEs verificada devido à falta de insumos e matérias primas, agravando a crise gerada com a pandemia da Covid-19. “Essas faltas vêm acontecendo no setor produtivo e compromete a produção, o funcionamento”, observa. Sobre crédito, ele ressaltou a importância de melhorar as políticas de acesso e citou o papel dos serviços prestados pelo Núcleo de Acesso ao Crédito, iniciativa da CNI em parceria com federações de indústrias que apoia empresas.

 

 

Durante a reunião, as demandas do Compem na Agenda Legislativa da CNI o ano de 2021 foram apresentadas pela consultora da CNI, Suzana Silveira, além disso, foram debatidas das Diretrizes do Compem do Espírito Santo para este ano.