Produção industrial potiguar aponta aquecimento em julho, informa Sondagem da FIERN

18/08/2022   14h34

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, aponta crescimento do nível de produção industrial de julho (54,9 pontos) relativamente ao mês anterior, segundo a percepção dos empresários. Este é o sexto mês seguido de alta da produção.

 

O número de empregados, contudo, voltou a cair (indicador de 49,0 pontos), após registrar crescimento em junho. O nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) atingiu 76%, indicando aumento de três pontos percentuais na comparação com o mês anterior; com esse resultado, a UCI alcançou o segundo patamar mais elevado da série iniciada em janeiro de 2011, abaixo apenas do nível de 77% registrado em janeiro de 2011, outubro de 2012 e abril de 2022.

 

Com esta marca, a utilização efetiva da capacidade foi considerada pelas empresas como acima do padrão usual para o período (indicador de 51,9 pontos). Por sua vez, os estoques de produtos finais foram classificados como abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria (43,6 pontos).

 

No que diz respeito às expectativas manifestadas no mês de agosto, nenhum índice se situou abaixo dos 50 pontos. Os empresários da indústria potiguar indicam perspectivas de crescimento na demanda, nas compras de matérias-primas e no número de empregados em relação aos próximos seis meses, ao mesmo tempo em que esperam estabilidade nas vendas externas.

 

A intenção de investimento voltou a crescer em agosto, atingindo 60,1 pontos, o que representa aumento de 5,4 pontos na comparação com o levantamento anterior (54,7 pontos), e 2,7 pontos acima do índice de agosto de 2021 (57,4 pontos).

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, verificam-se tendências convergentes, com as pequenas retomando o crescimento no nível de produção, que havia sido interrompido em junho, e ambos os portes aquecidos, com suas respectivas UCIs operando acima dos níveis usuais para meses de julho. Destaque-se, no entanto, que, entre as pequenas, o número de empregados caiu e a intenção de investimento ficou estável.

 

No que diz respeito às expectativas, as médias e grandes indústrias mostraram-se otimistas em relação ao desempenho, nos próximos seis meses, de todos os aspectos avaliados na pesquisa, enquanto as pequenas manifestam pessimismo apenas sobre o número de empregados, para os quais esperam retração.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 15/08 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram. O indicador de produção nacional atingiu 51,8 pontos, ante 54,9 do potiguar.

 

Quanto às distinções, nota-se que o grupo nacional apontou UCI efetiva abaixo do padrão usual para o período e nível de UCI também inferior à média potiguar (71% contra 76%), ainda que tenha sido a maior marca do país em 2022.

 

Por outro lado, os empresários do conjunto do país assinalaram crescimento no número de empregados e nível de estoques de produtos finais um pouco acima dos 50 pontos, porém ajustados ao planejado/desejado pelas empresas.

 

Quanto às expectativas ante os próximos seis meses, todos os índices nacionais revelam otimismo.

 

EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA

Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 9 de julho de 2022, mostram que a produção industrial do conjunto do setor registrou crescimento em julho, após ficar praticamente estável em junho.

 

O indicador de evolução da produção aumentou 4,5 pontos em julho de 2022, passando de 50,4 para 54,9 pontos, revelando crescimento comparativamente ao mês anterior (valores acima de 50 pontos indicam expansão). Contudo, em relação a julho de 2021, o índice declinou 4,5 pontos (59,4 pontos).

 

O crescimento da produção foi convergente entre os dois portes de empresas pesquisados. As pequenas indústrias registraram crescimento na comparação mensal (6,3 pontos), com o indicador passando de 45,8 para 52,1 pontos.

 

Por sua vez, as médias e grandes registraram incremento de 3,9 pontos, com o índice avançando de 51,9 para 55,8 pontos. Note-se que, embora proporcionalmente, a produção das pequenas tenha crescido mais do que a das médias e grandes, o nível destas permanece mais elevado (52,1 ante 55,8 pontos).

 

Apesar do crescimento da produção, o número de empregados voltou a cair. O indicador de evolução do número de empregados recuou 2,8 pontos em julho, passando de 51,8 para 49,0 pontos (valores abaixo de 50 pontos indicam queda).

 

Na comparação com julho de 2021, o indicador cresceu 6,3 pontos (55,3 pontos). O indicador das pequenas empresas repetiu a mesma performance do mês anterior, estabilizando-se em 45,8 pontos, portanto, abaixo do patamar de 50 pontos, indicando continuidade no declínio.

 

O das médias e grandes, por sua vez, recuou 3,8 pontos, passando de 53,8 para 50,0 pontos, indicando que não houve crescimento, tampouco retração.

 

Veja a íntegra da sondagem aqui