
O 1º Seminário Potiguar de Monitoramento de Indicadores Econômicos reuniu representantes de diversas instituições, na manhã desta quarta-feira (21), na Casa da Indústria, sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte. Organizado pelo MAIS RN, núcleo de planejamento estratégico da FIERN, e pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o evento serviu para aproximar as entidades participantes e aperfeiçoar o trabalho com dados para o desenvolvimento econômico.
Para o diretor do MAIS RN, Marcelo Rosado, o seminário foi um momento de celebração. “A partir do momento que temos dados atualizados, podemos fazer simulações de cenários com precisão”, afirma.

“Um dos trabalhos que o MAIS RN executa é o cruzamento das informações, pois entendemos que a economia é um organismo, onde os segmentos econômicos têm relações entre si. Vendo dessa forma sistêmica, conseguimos aproveitar as energias ao trabalhar conjuntamente. Com isso, conseguimos enxergar a realidade de uma forma mais ampla, o que proporciona planejamentos mais duradouros”, explica Rosado.
O coordenador do MAIS RN, José Bezerra Marinho, destaca que o Seminário é de importância decisiva para o desenvolvimento econômico do estado, seja no poder público, na produção do conhecimento nas universidades ou na geração e captura dos dados sobre a economia.
“Os dados definem políticas públicas que mudam o destino das pessoas. As políticas públicas que decidimos hoje alteram o futuro. Então, o seminário é extremamente importante, foi rico nos debates e, sobretudo, foi seminal. Ou seja, gerou novos eventos e expectativa de novas discussões, o que mostra a importância de os dados serem adequadamente capturados, processados e devolvidos para as instituições que tomam decisões”, frisou Marinho.
Damião de Souza, superintendente regional do IBGE, comentou que o evento “foi um momento de agradecimento à FIERN e todas as instituições que tanto apoiam o trabalho do IBGE no Rio Grande do Norte”. “As parcerias formam uma congregação informal que é fundamental e resultam em um trabalho de qualidade”, completa.
Já Thiago Dantas, superintendente regional do Banco do Nordeste (BNB), instituição que patrocinou o seminário, destaca que “se não há como medir, não há como gerenciar”. “Por isso a importância de se ter dados e da inteligência que pode ser extraída deles tanto na administração pública quanto na privada para uma gestão eficiente e efetiva”, acrescenta.
RN terá Pesquisa Industrial Mensal
Na primeira mesa técnica do evento, “Indicadores conjunturais e estruturais do IBGE e sua importância para o desenvolvimento do estado”, o coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli apresentou a Pesquisa Industrial Mensal por Produção Física (PIM-PF). O levantamento é realizado em todos os estados que representam mais de 0,5% do Valor de Transformação Industrial (VTI) brasileiro e passará a ser realizado, também, no Rio Grande do Norte a partir de abril de 2023.
A PIM-PF é realizada com levantamentos sobre atividades econômicas que, em conjunto, representam pelo menos 80% da indústria local tendo como referência o VTI local de 2019. No caso do Rio Grande do Norte, a pesquisa será feita com as indústrias extrativas, de fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, de fabricação de produtos alimentícios e de confecção de artigos de vestuário.
Magheli ainda falou sobre o trabalho da coordenadoria, que atua na produção de diversos indicadores sobre a economia. “Toda pesquisa traz respostas para perguntas elaboradas especificamente, mas a combinação de vários indicadores possibilita uma percepção melhor do todo ou mesmo de detalhes”, explicou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, Jaime Calado, compôs a mesa e destacou que “a discussão sobre os índices econômicos é fundamental para o setor produtivo e para entes públicos do estado”. Calado mostrou diversos números da economia potiguar nos últimos quatro anos, além de enaltecer o papel do MAIS RN para o trabalho de diversas instituições. “O MAIS RN é um instrumento importantíssimo para o desenvolvimento do estado”, afirmou.
A mesa também teve participação da professora Julia Araújo, do Departamento de Ciências Econômicas da UFRN, que falou sobre como os dados produzidos pelo IBGE podem ser utilizados pela Academia para a produção de conhecimento. “Informações estruturais possibilitam análises conjunturais, que, por sua vez, permitem a construção de políticas públicas efetivas e embasadas”, apontou.
Iniciativas inovadoras

A segunda mesa do evento iniciou com a apresentação do MAIS RN pelo gerente técnico do núcleo, Pedro Albuquerque, e do economista João Lucas Dias, que apresentaram o trabalho com plataformas de Business Intelligence (BI) para o monitoramento de diversos indicadores da economia do RN.
Em seguida, os assessores técnicos do Sebrae-RN Edwin Aldrin e Aline Dantas apresentaram as iniciativas e produtos do Sebrae para a gestão pública e privada utilizando indicadores econômicos. O Cidades Empreendedoras busca promover o desenvolvimento nos municípios através do auxílio na gestão com atuação baseada em dados e indicadores socioeconômicos. Já o Data Sebrae e o Data MPE Brasil são plataformas que auxiliam a tomada de decisão para a criação de soluções para as micro e pequenas empresas.
Por fim, o subcoordenador de fiscalização da Secretaria de Tributação do RN (SET), José Martins da Silva, falou sobre a plataforma do Boletim Econômico da pasta. A publicação mostra dados da arrecadação de impostos, seguindo os princípios de transparência e publicidade da gestão pública. “As parcerias com instituições como a FIERN contribuem para que esses dados cheguem onde devem chegar e da forma mais adequada”, salientou.