O mercado livre de energia foi destaque na reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), na manhã desta sexta-feira (31), na Casa da Indústria. No encontro, o engenheiro elétrico Mário Rocha apresentou uma palestra com o tema “Mercado livre de energia elétrica e sua aplicação na indústria”.

 

O presidente da FIERN, Amaro Sales, ressaltou a importância desse assunto para o setor produtivo. “Muitos membros industriais da Federação das Indústrias pediram por um debate sobre esse tema porque influencia diretamente a produção em diversos setores e haverá mudanças em breve que podem beneficiar diversas indústrias”, afirmou.

 

 

A apresentação mostrou a história e o conceito do mercado livre de energia, que foi instituído pela Lei nº 9.074/1995 para consumidores comprarem energia de outros fornecedores que não a distribuidora local. “De lá para cá, houve uma grande evolução e, a partir de janeiro de 2024, qualquer consumidor que tenha uma subestação particular poderá comprar de outros fornecedores”, explica Mário.

 

“Isso pode levar a uma redução de quase metade da despesa com energia elétrica em comparação com o que é pago com o serviço de distribuidoras locais. É importante que os industriais saibam dessa alternativa porque tem um impacto grande na diminuição de custos na produção”, acrescenta o engenheiro elétrico.

 

Sobre o cenário atual e perspectivas para os próximos anos, Mário aponta que há uma excelente afluência de chuvas nos principais reservatórios das usinas hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN), um sistema hidrotérmico constituído por subsistemas nas cinco regiões do Brasil, o que favorece a geração de energia.

 

 

Ações do COEMA e COINCITEC

 

Ainda na reunião, o diretor 1° tesoureiro da FIERN e presidente da Comissão Temática de Meio Ambiente (COEMA), Roberto Serquiz, apresentou as ações recentes do colegiado, como a reunião com o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), Paulo Lopes Varella Neto, sobre o projeto de cobrança de taxa pelo uso de água bruta.

 

“Conseguimos, por meio do debate direto com o secretário, uma janela para apresentarmos uma proposta e negociarmos essa proposta. É um tema importantíssimo, que tem base legal e precisamos discuti-lo”, afirma Serquiz.

 

 

O presidente da FIERN comenta que é preciso colaboração para a apresentação de uma contraproposta às taxas apresentadas pelo secretário. “É importante que os setores eventualmente atingidos por essa cobrança se reúnam para apresentar uma proposta à SEMARH que amenize os custos que isso vai causar à indústria”, afirma Amaro.

 

Já o diretor 2º secretário da FIERN e presidente da Comissão de Inovação, Ciências e Tecnologia (COINCITEC), Djalma Barbosa da Cunha Júnior, apresentou um balanço das ações da comissão no ano de 2022, como a participação no debate e aprovação do Marco da Ciência, Tecnologia e Inovação no Rio Grande do Norte; o projeto Conexões RN, que une o setor produtivo à Academia para a busca de soluções inovadoras; e o projeto Empreendedorando, que levou a cultura empreendedora para alunos do ensino público.