
A importância de investimentos em ESG nas empresas foi assunto da reunião da Comissão Temática de Meio Ambiente (COEMA) da FIERN, nesta quarta-feira (7). O encontro, realizado no Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), contou com uma apresentação do professor Leonardo Pivôtto sobre o tema.
Ainda na reunião — primeira realizada sob a presidência do industrial Marcelo Rosado, que assumiu em abril o lugar antes ocupado pelo diretor 1º tesoureiro e presidente eleito da FIERN, Roberto Serquiz —, o ex-presidente da COEMA fez um breve balanço do trabalho à frente da comissão e enalteceu o novo presidente.
“Esta comissão é de extrema importância para o estado. Buscamos sempre debater temas relevantes para o setor produtivo, mas que atingem diretamente toda a sociedade”, afirmou Serquiz. “Sei que Marcelo Rosado manterá essa relevância, pois é uma pessoa de muita experiência e que tem muito a contribuir com esse tema”, completou.
Marcelo expressou a honra em assumir a presidência da COEMA e apontou a necessidade do debate conjunto sobre o Meio Ambiente. “Todos temos que participar da discussão sobre esse tema. É essencial para evoluirmos na busca pelos acertos”, disse. “Buscaremos sempre levantar informações e dados precisos para contribuir com a gestão privada e pública do meio ambiente”, acrescentou.
ESG: Um novo jeito de investir
O professor Leonardo Pivôtto, do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), abordou o tema ESG — sigla do inglês Enviromental. Social and Governance —, tratando da história até a criação do conceito e os princípios mais relevantes do assunto.
“Trata-se uma abordagem para investimentos que avalia empresas não apenas pelo seu desempenho financeiro, mas também pelos seus impactos ambientais, sociais e de governança”, explica o professor. “Embora essa abordagem seja comumente associada a empresas maiores e mais estabelecidas, ela também pode ser aplicada a médias e pequenas, inclusive as startups”, acrescenta.

Leonardo destaca que investir em ESG é estabelecer parâmetros para melhoria econômica do negócio de uma forma que esteja vinculada ao propósito de alavancar a prosperidade da região onde a empresa está inserida. “O mundo está constantemente se adaptando a mudanças que atingem o contexto empresarial, então o setor produtivo precisa estar atento aos novos parâmetros”, comenta.
Ele ainda frisou a necessidade de aprofundar o debate dentro do setor produtivo, com agregação de parceiros diversos para uma estrutura de discussão sobre ESG. “Apenas colocar este tema dentro de colegiados com pautas diversas não basta. É preciso centralizar o tema para evoluir ainda mais”, concluiu.
Atualmente, Leonardo é chefe de ESG e Inovação no Núcleo de Estudos em Direito, Desenvolvimento e Meio Ambiente do IFRN e vice-coordenador da Especialização em Gestão Ambiental no Campus Natal Central. Bacharel em Direito pela UFRN, Gestor Ambiental pelo CEFET-RN, especialista em Licenciamento Ambiental de Petróleo e Gás pelo IFRN e em Direito da Inovação Tecnológica pelo IMD/UFRN e doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela UFRN, ele é idealizador do Índice de Sustentabilidade de Campos Petrolífero e criador do Método Pivot-to de Gestão de Projetos Exponenciais.