
Em dezembro deste ano o Brasil assumirá a presidência do G20 e dos mecanismos de diálogo do grupo, como o Business 20 (B20), que tem a Confederação Nacional da Indústria (CNI) como representante brasileiro. Reconhecido como o principal fórum para cooperação econômica internacional, o G20 é formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. O foco é a abordagem de questões globais como comércio, mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente e anticorrupção.
O B20 atua como o fórum global de diálogo, fazendo uma ligação entre a comunidade empresarial e os governos que compõem o G20. O objetivo é entregar recomendações de políticas concretas para influenciar a agenda do bloco. A edição deste ano é liderada e sediada pela Índia, e a plenária do B20 acontece de 25 a 27 de agosto, em Nova Delhi.
O presidente eleito da CNI, Ricardo Alban, lembra que a instituição acompanha os trabalhos do B20 desde 2010 e tem atuado para representar os interesses do setor privado e contribuir para o posicionamento brasileiro em temas estratégicos para o país. O representante da entidade vai liderar uma delegação de mais de 20 representantes do setor para a plenária em Nova Delhi.
“O fórum é estratégico para posicionar a indústria brasileira como ator global relevante na formulação de pautas prioritárias. Com o Brasil à frente do G20 e a CNI liderando o B20 teremos uma oportunidade única para alavancar as prioridades e influenciar as discussões e adoções de políticas junto às principais economias do mundo”, afirma Alban.
Entenda o que são e como funcionam os grupos, e quais as vantagens para o Brasil ao liderar os fóruns no próximo ano:
O que é o G20?
O G20 é um fórum internacional composto pelas principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo. Com presidência anual e rotativa, tem como membros permanentes África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e o bloco da União Europeia. Além disso, alguns países podem ser convidados a participar das cúpulas anuais e das discussões que ocorrem nos encontros.
O objetivo do grupo, formado em 1999, é aproximar países com economias desenvolvidas ou em processo de desenvolvimento para alinhar ações nas principais temáticas econômicas globais relacionadas ao mercado financeiro, comércio, investimento e desenvolvimento econômico sustentável. Juntos, os membros do G20 representaram 87% do PIB global, 62% da população mundial, e mais de 75% do comércio internacional em 2022, de acordo com dados do Banco Mundial.
Um dos principais trabalhos do G20 em cada ciclo é um comunicado expressando os compromissos e a visão de futuro dos membros, elaborado a partir das recomendações escolhidas e dos resultados das reuniões ministeriais e outras linhas de trabalho.
A Cúpula do G20 está prevista para os dias 9 e 10 de setembro de 2023, em Nova Delhi.
Qual a relevância do G20?
O G20 tem uma liderança global significativa. Nas últimas duas décadas, o bloco desempenhou um papel crucial na coordenação de respostas a crises globais, como a estabilização dos mercados financeiros e o lançamento de um estímulo econômico global para enfrentar a crise financeira de 2008. Além disso, assumiu a liderança na luta global contra a pandemia, com um estímulo fiscal de mais de US$ 5 trilhões para minimizar as perdas de emprego e renda resultantes da pandemia de coronavírus.










