
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, participou nesta terça-feira (29) da reunião mensal da diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. O principal tema da reunião foi a taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre a importação de produtos brasileiros, em função da proximidade da entrada em vigor da medida, na próxima sexta-feira, 1º de agosto.
Os dirigentes de federações manifestaram grande preocupação com os impactos da medida para as cadeias produtivas locais, incluindo perda de mercado, de competitividade e de empregos.
Serquiz alerta que a medida adotada pelos Estados Unidos pode trazer consequências significativas para segmentos estratégicos da economia potiguar. “ É uma realidade que pode afetar diretamente o emprego e o ambiente de investimentos no estado. Setores como o da Pesca, Sal, Petróleo, Mineração, Fruticultura, além de balas, doces e caramelos, devem ser os mais impactados.”

A CNI estima que, caso entre em vigor, a medida pode ocasionar a perda de pelo menos 110 mil postos de trabalho, além de reduzir em 0,16% o PIB do Brasil e de provocar uma queda de 0,12% na economia global, com retração de 2,1% no comércio mundial (US$ 483 bilhões). A instituição segue reafirmando a importância da negociação e da ampliação do diálogo com autoridades e empresários norte-americanos.
“Temos um tempo muito curto que nos separa da data limite [de aplicação da tarifa], mas identificamos canais e ações que podem ser muito úteis para promover uma ação construtiva, que, a meu ver, só pode ser alcançada a partir de um diálogo intenso e de todos os canais disponíveis”, destacou o conselheiro emérito da CNI, Armando Monteiro Neto.
Além disso, a reunião trouxe boas práticas da Federação das Indústrias do Espirito Santo (FINDES) em um programa que orienta investimentos através de indicadores de negócios. Também foi debatida a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei que altera regras de licenciamento ambiental.
