Roberto Serquiz, Presidente da FIERN
Diante de um “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos e da ausência de uma diplomacia governamental mais resolutiva, o setor produtivo brasileiro, liderado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), tomou a iniciativa de buscar soluções.
Estive presente na missão aos EUA, junto com o presidente do Sindicato da Indústria da Pesca (Sindipesca/RN) Arimar França para, em nome da FIERN e das empresas industriais potiguares, representar o nosso Estado e apresentar a importância – e a qualidade – dos produtos potiguares, oportunidades de negócios e, enfim, a nossa contribuição pela competitividade nacional.
Neste sentido, a missão empresarial foi a Washington, onde se reuniu com a Embaixada Brasileira, a Câmara de Comércio dos EUA e o Escritório do Representante Comercial americano. Na ocasião, foram apresentados dados técnicos e a realidade de setores duramente atingidos no Rio Grande do Norte como, por exemplo, o sal e a pesca oceânica.
Como consequência da ida aos EUA, a missão foi a Brasília. Por articulação da deputada federal Natália Bonavides, estivemos em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin discutindo o “Plano Brasil Soberano”. As principais propostas para mitigar os impactos incluem resumidamente o seguinte: Inclusão no PLP 168/2025 (Reintegra): Para criar espaço fiscal e compensar os exportadores, restaurando sua competitividade; Acesso a Crédito: Facilitar o acesso a linhas de financiamento pelo BNDES e pela rede bancária; Novos Mercados: Avançar em negociações já em andamento para diversificar os destinos das exportações.
A FIERN continuará atuando de forma estratégica e monitorando as ações definidas, pois a cada dia de indefinição mais prejuízos se somam à produção e ao emprego. Uma situação que exige medidas rápidas e eficazes pelos governos e que a classe política – de todas as cores e bandeiras – articule e apoie. A mensagem central é de urgência e de angústia expressa na frase final: “TEMOS PRESSA!”.