
Os Sindicatos das Indústrias de Fiação e Tecelagem (SIFT-RN) e de Vestuário (SINDVEST-RN) vão apoiar a aplicação e o treinamento para uso de um dispositivo desenvolvido no Hub de Inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). O equipamento foi projetado para permitir que pessoas com deficiência motora nos membros inferiores operem máquinas de costura, promovendo autonomia e inclusão no ambiente de trabalho.
As entidades vão patrocinar a produção das primeiras 20 cadeiras adaptadas com o dispositivo, que serão utilizadas em uma turma piloto de formação profissional e treinamento.
“Isso vai garantir autonomia, desenvolvimento e oportunidades aos participantes da formação. Ficamos satisfeitos com o convite do professor para participar dessa iniciativa. Com isso, os dois sindicatos também poderão atuar como apoiadores e incentivadores do projeto”, destacou a presidente do SIFT-RN, Helane Cruz.
Segundo ela, o projeto reforça o compromisso da entidade com a inclusão social por meio do trabalho. “Acreditamos na importância de integrar as pessoas com deficiência ao mercado de trabalho e no papel que iniciativas como essa têm no desenvolvimento profissional e pessoal dos cidadãos. É nosso dever apoiar ações com esse propósito”, afirmou.
O diretor do SINDVEST-RN, Márcio Carvalho, também destacou a relevância da iniciativa, ressaltando o compromisso do setor industrial com a responsabilidade social. “Cumprir as exigências legais é fundamental, mas ir além delas, com ações que promovam inclusão e respeito, é o que realmente consolida o papel social da indústria. Esse projeto é um exemplo de como podemos aliar inovação, cidadania e responsabilidade para construir um ambiente produtivo mais justo e acessível”, frisou.
A apresentação do projeto ocorreu na quarta-feira (1º), no Centro de Tecnologia e Cultura Luzia Vieira de França (CTC), e foi conduzida pelo gestor do Hub de Inovação do IFRN e desenvolvedor da patente, professor Jorge Rabelo, com o bjetivo de apresentar o equipamento patenteado pelo IFRN, que permite a operação de máquinas de costura convencionais por pessoas com deficiência (PcD). O dispositivo se integra à cadeira e utiliza comandos mecânicos simples que simulam os movimentos dos pés no pedal da máquina.
“O equipamento foi pensado sem o uso de tecnologias complexas, justamente para que pequenas confecções possam utilizá-lo. É uma solução simples, de baixo custo e fácil fabricação, que oferece a possibilidade de costurar sem o uso das pernas”, explicou o professor Jorge Rabelo.
Participaram também o presidente e o diretor do SINDVEST-RN, Marinho Herculano e Márcio Carvalho; as diretoras dos Centros de Educação e Tecnologia Clóvis Motta e Aluízio Bezerra/SENAI, Amora Cavalcante e Luciene Pontes; a representante da Associação da Moda do RN, Déborah Sayonara; e a consultora da FIERN/SINDVEST, Mara Roseli Almeida. O diretor de Inovação Tecnológica do IFRN, João Teixeira, também participou do encontro.