Emprego e renda levaram São José do Seridó a ter o 4° melhor IDH do RN

25/09/2017   10h00

A estiagem que afeta os municípios do semiárido potiguar é uma preocupação para os gestores públicos. A falta de chuva e a consequente perda de rebanhos e da agricultura e pesca provocou a migração de mão de obra para a indústria de confecções. No Seridó, as facções de costura e bonelarias tem absorvido grande parte de trabalhadores do campo. Nesse sentido, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI reforçou a atuação na região com a capacitação de mão de obras, com cursos de costura e manutenção de máquinas.

 
A habilidade dos seridoenses com a tecelagem e com a produção de bonés e chapéus também foi responsável pelo desempenho positivo do Pró Sertão na região. O programa de interiorização das indústrias de confecções, lançado pelo Governo do Estado em parceria com FIERN e Sebrae já gerou mais de 4 mil empregos. Hoje, muitas facções de costura da região são certificadas pela ABVTEX – Associação Brasileira do Varejo Têxtil, pelas práticas modernas e sustentáveis desenvolvidas na produção industrial.

 

O presidente do Sindicato dos Bonés e Chapéus do Rio Grande do Norte, Jaedson Dantas, relaciona a geração dos novos empregos a partir das facções com o aumento da qualidade de vida nos municípios do interior. “O Pró Sertão só veio trazer emprego para o Seridó e isso reflete no Índice de Desenvolvimento Humano. São José do Seridó, hoje, é o 4° melhor IDH do RN”, explicou o industrial.

 
Uma recente posição do Ministério Público do Trabalho em desfavor da Guararapes tem preocupado os empresários e trabalhadores do Seridó. Os faccionistas temem que uma decisão judicial possa inviabilizar o Pró Sertão e extinguir os postos de trabalho. A Guararapes é a principal cliente das novas facções de costura.