A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, mostra que a produção do conjunto da indústria potiguar registrou novo aumento em setembro de 2025, conforme indicador de 53,0 pontos, embora mais moderado do que no levantamento de agosto, quando atingiu 57,0 pontos. Destaque-se que este é o terceiro mês consecutivo em que os empresários apontam expansão da atividade frente ao mês anterior. A despeito da queda, a produção industrial alcançou o maior valor para um mês de setembro desde 2020, quando ficou em 57,7 pontos. O emprego no setor, todavia, não acompanhou o desempenho positivo da produção, e continuou em queda, pelo segundo mês consecutivo. Apesar do avanço da produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu seis pontos percentuais entre agosto e Setembro de 2025, passando de 78% para 72%. Já os estoques de produtos acabados do setor recuaram em setembro de 2025 (56,0 pontos), na comparação com agosto, mas seguem em nível inferior ao planejado pelos empresários industriais (48,0 pontos).
No 3º trimestre de 2025, os resultados da Sondagem registraram piora das condições financeiras. Os empresários potiguares mostraram insatisfação com as margens de lucro (45,4 pontos) e com a situação financeira de suas empresas (45,4 pontos). O acesso ao crédito se manteve difícil no trimestre (43,7 pontos). Além disso, os empresários reportaram que o preço médio dos insumos subiu de forma mais intensa no período (58,4 pontos).
Competição desleal (informalidade, contrabando, dumping, etc.), elevada carga tributária, competição com importados, falta ou alto custo de trabalhador qualificado e dificuldades na logística de transporte (estradas, infraestrutura portuária, etc.) se constituíram os principais problemas enfrentados pela indústria potiguar no 3º trimestre de 2025.
Em outubro de 2025, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são positivas quanto à demanda, ao número de empregados e às compras de matérias-primas. Todavia, os executivos esperam queda nas vendas externas. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a subir, após registrar queda em setembro.
Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, na maior parte das variáveis analisadas, comportamento diferenciado. As pequenas indústrias apontaram queda na produção; aumento no emprego; estoques de produtos finais em declínio e abaixo do planejado; reportaram estabilidade nos preços médios das matérias-primas no trimestre; e preveem estabilidade na demanda e nas compras de matérias-primas, e queda no número de empregados nos próximos seis meses. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram aumento na produção; recuo no número de empregados; estoques em alta, mas dentro do nível desejado; apontaram aumento nos preços médios dos insumos no trimestre; e as perspectivas para os próximos seis meses são de crescimento da demanda, do número de empregados e das compras de matérias-primas.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 20/10 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram estabilidade na produção (50,1 pontos). Em linha com o desempenho da atividade do setor, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) manteve-se estável em 70%. Os estoques de produtos finais ficaram acima do planejado pelas empresas (50,7 pontos), que também preveem redução no número de empregados nos próximos seis meses (49,3 pontos).
Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 10 de outubro de 2025, mostram que a produção industrial do conjunto do setor registrou crescimento em setembro – o terceiro consecutivo -, embora moderado relativamente ao observado em agosto.
O indicador de evolução da produção recuou 4,0 pontos em setembro de 2025, passando de 57,0 para 53,0 pontos, mas permanece acima da linha divisória de 50 pontos, mostrando crescimento da atividade produtiva frente ao mês anterior, ainda que atenuado. Na comparação com setembro de 2024, o indicador subiu 7,4 pontos (45,6 pontos). As pequenas empresas registraram queda, enquanto as médias e grandes apontaram crescimento na produção, segundo indicadores de 45,0 e 55,6 pontos, nessa ordem (contra 40,0 e 62,5 pontos do levantamento anterior, respectivamente).
O indicador de evolução do número de empregados subiu 2,9 pontos em setembro de 2025, passando de 46,2 para 49,1 pontos, mas segue abaixo da linha divisória de 50 pontos, mostrando queda no emprego em relação a agosto, embora menor. Na comparação com igual mês de 2024, o indicador caiu 2,5 pontos (51,6 pontos). Em termos de porte empresarial, as pequenas empresas reportaram aumento, enquanto as médias e grandes apontaram queda no número de empregados, conforme indicadores de 55,0 e 47,2 pontos, respectivamente (contra 50,0 e 45,0 pontos, nessa ordem, da Sondagem de agosto).
Mais informações, acesse a Sondagem Industrial do RN: Indústrias Extrativa e de Transformação_ Setembro 2025 na íntegra: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2025/10/SONDIND_setembro2025.pdf