“O momento é de agir”, afirma Ricardo Alban na abertura do estande da CNI na COP30

12/11/2025   10h00

Inauguração oficial do espaço ocorreu nesta terça-feira (11), na Blue Zone; estande terá programação até 21 de novembro

 

Foto: Augusto Coelho / CNI

 

 

A abertura oficial do estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (11), na Blue Zone da COP30, em Belém, foi marcada por um chamado à ação. O evento simbolizou o compromisso da indústria brasileira em liderar a transição para uma economia de baixo carbono, com desenvolvimento, inovação e oportunidades, especialmente para as regiões que mais precisam.

 

 

O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a transição climática deve ser também uma agenda de prosperidade e qualidade de vida. Ele defendeu que o crescimento econômico é o caminho mais justo e viável para melhorar as condições sociais e dar esperança às pessoas.

 

 

“Não podemos desperdiçar a oportunidade que está sendo dada para as regiões tão necessitadas como a faixa equatorial”, afirmou. “Isso é o que nos norteia. Essa é a nova indústria que nós queremos, esse é o novo Brasil que nós queremos, esse é o novo mundo que nós queremos.”

 

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Carvalho, reforçou que a ação climática deve integrar dimensões ambientais, sociais e econômicas. Para ele, o país precisa aproveitar o potencial da bioeconomia amazônica e transformá-lo em escala e impacto.

 

 

“Não podemos tratar única e exclusivamente da conservação ambiental sem entender as responsabilidades e os desafios sociais”, disse. “Com infraestrutura e logística adequadas, teremos condições de trazer escalabilidade a esses produtos da biodiversidade.”

 

 

Carvalho destacou ainda que o Brasil tem uma oportunidade única de superar desigualdades e afirmar um novo modelo de desenvolvimento. “Não existe mais espaço para colonialismo ou segregação. Está diante de nós a oportunidade de abrir uma janela para um novo Brasil.”

 

 

O chair da SB COP, Ricardo Mussa, também ressaltou que o setor privado precisa dar um passo adiante. Para ele, a Sustainable Business COP (SB COP), lançada pela CNI e que conseguiu a marca de 40 milhões de empresas de mais de 60 países, mostra o potencial da indústria. No entanto, é hora de transformar ambição em resultados concretos.

 

 

“Essa iniciativa mostra a capacidade do setor privado e agora precisamos levá-la para outro patamar”, afirmou. “Daqui a alguns anos, vamos olhar para esse trabalho e ver que ele fez a diferença.”

 

 

O chamado à ação foi reforçado por Dan Ioschpe, Campeão de Alto Nível do Clima da COP30, que destacou que enfrentar a mudança do clima é também uma oportunidade de crescimento.

 

 

“A boa notícia é que agir contra a mudança de clima é, ao mesmo tempo, uma oportunidade de crescimento e um caminho essencial para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico”, afirmou. “Meu convite a todos é para continuar engajados na agenda de ação, contribuir com sua expertise e ajudar a transformar ambição em implementação.”

 

 

A presença da CNI na COP30 reforça o protagonismo da indústria brasileira na agenda climática global. Ao longo da conferência, o estande da instituição será palco de debates, parcerias e lançamentos que mostram como o setor produtivo já está atuando para acelerar a descarbonização da economia.

 

 

Agenda Prioritária da Ação Pró-Amazônia
Roraima, no extremo norte do país, levou à COP30 uma liderança feminina da indústria. A presidente da Federação das Indústrias de Roraima (FIER) e da Ação Pró-Amazônia, Izabel Itikawa, lançou na abertura do estande da CNI a Agenda Prioritária da Ação Pró-Amazônia, documento que reúne as principais propostas da Amazônia Legal para o desenvolvimento sustentável da região.

 

 

Administradora e roraimense, Izabel tem defendido o fortalecimento da indústria local com base em tecnologia e inovação. Para ela, a realização da COP30 na Amazônia é uma oportunidade histórica para mostrar ao mundo os desafios, as potencialidades e a capacidade de transformação da região.

 

 

Como a indústria brasileira atua na COP30?
O presidente da CNI, Ricardo Alban, fala sobre o papel da indústria no maior evento climático do mundo e mostra como a SBCOP transforma a agenda de sustentabilidade em ações concretas.

 

Assista à entrevista completa:

 

 

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A participação da CNI na COP30 conta com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI). Institucionalmente, a iniciativa é apoiada pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), First Abu Dhabi Bank (FAB), Sistema FIEPA, Instituto Amazônia+21, U.S. Chamber of Commerce e International Organisation of Employers (OIE). A realização das atividades da indústria na COP30 recebe o patrocínio de Schneider Electric, JBS, Anfavea, Carbon Measures, CPFL Energia, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Latam Airlines, MBRF, Pepsico, Suzano, Syngenta, Acelen Renováveis, Aegea, Albras Alumínio Brasileiro S.A., Ambev, Braskem, Hydro, Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Itaúsa e Vale.

 

 

Agência de Notícias da Indústria