CNI lança painel interativo sobre tarifas dos EUA após ampliação de isenções

3/12/2025   16h57

Ferramenta mostra que 37,1% das exportações brasileiras já estão livres de sobretaxas, superando o volume atingido pela tarifa cheia de 50%

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou um painel interativo atualizado que detalha o panorama das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. O painel nasce em um momento marcado pela ampliação das isenções e pelo avanço das negociações bilaterais. A ferramenta permite identificar tarifas adicionais de até 50% e visualizar os setores e produtos mais afetados pelas medidas.

 

A atualização ocorre após a decisão do governo americano de liberar 37,1% das vendas brasileiras de sobretaxas; movimento considerado pela CNI um passo concreto para reequilibrar o comércio e reforçar a relação de mais de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos. Segundo a entidade, o diálogo entre os dois países é estratégico e tem impacto direto na competitividade da indústria brasileira.

 

Para entender como chegamos até aqui, vale revisar os principais movimentos do tarifaço. Confira a linha do tempo das tarifas:

 

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou um painel interativo atualizado que detalha o panorama das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. O painel nasce em um momento marcado pela ampliação das isenções e pelo avanço das negociações bilaterais. A ferramenta permite identificar tarifas adicionais de até 50% e visualizar os setores e produtos mais afetados pelas medidas.

 

A atualização ocorre após a decisão do governo americano de liberar 37,1% das vendas brasileiras de sobretaxas; movimento considerado pela CNI um passo concreto para reequilibrar o comércio e reforçar a relação de mais de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos. Segundo a entidade, o diálogo entre os dois países é estratégico e tem impacto direto na competitividade da indústria brasileira.

 

Para entender como chegamos até aqui, vale revisar os principais movimentos do tarifaço. Confira a linha do tempo das tarifas:

 

 

Há ainda diversas investigações em andamento que podem resultar em novas sobretaxas setoriais, aumentando a complexidade do comércio bilateral.

 

Conheça o painel da CNI: o guia prático para analisar as tarifas
O painel pode ser acessado pelo link:

https://www.portaldaindustria.com.br/canais/observatorio-nacional-da-industria/produtos/taxas-dos-eua-sobre-exportacoes-brasileiras/

 

A ferramenta desenvolvida pela CNI permite:

 

  • Visualizar o panorama geral das medidas comerciais;
  • Consultar tarifas por produto ou código SH6 (Sistema Harmonizado de 6 dígitos), com detalhamento no código americano HTS10;
  • Analisar panoramas por setor, por tarifa ou por produto;
  • Acessar informações complementares sobre metodologia e análises relacionadas.

 

O painel utiliza dados da United States International Trade Commission (USITC), garantindo precisão e confiabilidade para o planejamento das exportações brasileiras.

 

Aplicações práticas

 

O painel ajuda exportadores e analistas a:

  • Avaliar riscos e impactos por setor;
  • Identificar produtos mais afetados;
  • Planejar estratégias de exportação;
  • Entender o efeito econômico das tarifas sobre o comércio bilateral.

 

 

 

O desfecho nas negociações bilaterais

 

Nas últimas semanas, houve um movimento significativo: a ampliação da lista de produtos isentos da tarifa de 40%. Com isso, 37,1% das exportações brasileiras aos EUA, o equivalente a US$ 15,7 bilhões, passaram a ficar livres das sobretaxas. Pela primeira vez desde agosto, o volume isento supera aquele atingido pela tarifa cheia de 50%, que representa 32,7% das vendas externas, segundo estudo da CNI baseado em dados de 2024 da Comissão de Comércio Internacional dos EUA.

 

 

A decisão do governo norte-americano removeu a tarifa para 238 produtos listados nos Anexos I e II, dos quais 85 foram exportados pelo Brasil em 2024; entre eles carne bovina, café e cacau, itens do dia a dia do consumidor americano. Ainda assim, 62,9% das vendas brasileiras seguem sujeitas a algum tipo de tarifa adicional, considerando tanto medidas horizontais quanto setoriais.

 

 

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, as mudanças fortalecem a competitividade do produto brasileiro e indicam espaço para avanços na pauta industrial. Segundo ele, setores como máquinas e equipamentos, móveis e calçados ainda não foram contemplados e esse será o foco da próxima fase das negociações.

 

 

 

 

Agência de Notícias da Indústria