Atividade industrial potiguar cresce após 4 meses de contração, mostra Sondagem da FIERN

23/04/2018   16h39

 

A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, mostra que a indústria potiguar registrou aumento da produção em março na comparação com o mês anterior – após registrar queda por quatro meses seguidos. Acompanhando o desempenho positivo da produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) passou de 68% para 70% entre fevereiro e março, mas foi considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de março, comportamento que se vem repetindo ininterruptamente desde setembro de 2011.

 

Como a ociosidade ainda é elevada, o número de empregados registrou queda, mantendo a tendência que vem sendo observada desde outubro de 2017. Mesmo com o aumento na produção, os estoques de produtos finais recuaram em relação a fevereiro e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.

 

 

Os índices de satisfação com as margens de lucro e com a situação financeira das empresas industriais potiguares recuaram no primeiro trimestre de 2018, e ao se afastarem ainda mais da linha divisória de 50 pontos, revelam aumento da insatisfação comparativamente ao trimestre anterior. Por outro lado, o índice de facilidade de acesso ao crédito mostra uma sequência de quatro aumentos consecutivos, sem, contudo, ultrapassar a linha dos 50 pontos, mostrando que o acesso ao crédito permanece difícil. Além disso, os empresários avaliaram os preços médios das matérias-primas como mais elevados do que trimestre anterior.

 

O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, foi a elevada carga tributária; seguida pela competição desleal, pela falta de capital de giro, pelas altas taxas de juros, pela falta ou alto custo da matéria-prima e pela demanda interna insuficiente.

 

Em abril, as expectativas da indústria potiguar para os próximos seis meses apontam crescimento da demanda, do número de empregados, das compras de matérias-primas e da quantidade exportada. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair, mas o índice é 5,7 pontos superior ao registrado em abril de 2017 (45,2 pontos) e é o maior para o mês desde 2014, quando registrou 56,8 pontos. Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, verifica-se, em alguns aspectos comportamento diferenciado. As pequenas indústrias seguem pessimistas com relação ao número de empregados e às compras de matérias-primas, e há previsão de manutenção das exportações nos próximos seis meses. Já as médias e grandes empresas, preveem aumento do número de empregados, das compras de insumos e das exportações. O índice de intenção de investimentos, por sua vez, recuou entre as pequenas indústrias, enquanto avançou entre as médias e grandes.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 23/04 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram estabilidade no número de empregados pelo segundo mês seguido – após longa sequência de quedas; e que os estoques de produtos finais não sofreram alteração na passagem de fevereiro para março, mas ficaram acima do nível planejado pelas empresas.

 

Para maiores informações sobre a Sondagem nacional, favor acessar o link:
http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industrial/