
A Comissão Temática de Inovação, Ciência e Tecnologia da FIERN (COINCITEC) reuniu representantes do ecossistema de inovação do Rio Grande do Norte para a 4ª reunião ordinária da Comissão. O encontro aconteceu, na manhã desta terça-feira (12), no auditório da Reitoria do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). E foi conduzido pelo diretor de Inovação da FIERN e presidente da COINCITEC, Djalma Barbosa da Cunha Júnior, que destacou a iniciativa da comissão de realizar reuniões de forma itinerante, dentro das instituições que compõem a Comissão.
“A intenção é que neste segundo semestre de 2023 possamos aproximar ainda mais os atores do ecossistema de inovação e dar a oportunidade para cada um apresentar os espaços físicos e os trabalhos realizados na área de inovação”, afirmou.

O diretor de Inovação Tecnológica do IFRN, João Teixeira, foi responsável por apresentar as atividades do Instituto. “Temos mais de 40 mil alunos e cerca de 3 mil servidores distribuídos em 22 campi pelo estado, além de nove incubadoras de empresas e um polo de inovação, que podem contribuir bastante para o ecossistema do estado”, ressaltou.
Ele também apresentou o projeto do Centro Tecnológico e Cultural do IFRN, que deve ser implementado no Campus Cidade Alta, em Natal. O Centro vai contar com um espaço artístico e cultural, com galeria de artes, museu, ateliê de artes plásticas, cine-teatro e estúdio de dança, além do Hub de Inovação, que terá incubadora de empresas, laboratório FabLab, salas empresariais, coworking e espaços administrativos e acadêmicos do IFRN.

No último mês de abril, a COINCITEC promoveu uma visita técnica ao Campus Cidade Alta para conhecer os espaços físicos do projeto que vai envolver todo o ecossistema de inovação do estado. “A proposta é criar um centro de referência para o desenvolvimento tecnológico e ações culturais. Com isso esperamos movimentar a economia local, fortalecer o ecossistema de inovação do RN, oportunizar a criação de startups e impulsionar o empreendedorismo inovador, além de fomentar a cultura no mesmo espaço”, explicou Teixeira.
B.I. da Inovação
Também foi apresentada a plataforma de Business Intelligence (BI) da Inovação potiguar, desenvolvido com apoio do Observatório da Indústria MAIS RN. A proposta é que nesse ‘BI’ estejam as atividades do Ecossistema de Inovação, com serviços, oportunidades, endereços, contatos, links, agências de fomento, comunidades, coworkings, espaços maker, instituições de ciência e tecnologia, incubadoras, núcleos de inovação tecnológica, parques tecnológicos e sindicatos.
De acordo com a secretária executiva da COINCITEC, Susie Macêdo, a proposta da plataforma é disponibilizar, para os atores do ecossistema de inovação e para toda a sociedade, informações no âmbito da pesquisa, ciência e tecnologia em nosso estado. “Queremos dispor informações do setor da ciência, da tecnologia e da pesquisa para sociedade civil através dessa plataforma”, aponta.
Atualizações dos Grupos de Trabalho
Outro ponto da reunião foi a atualização das ações dos Grupos de Trabalho (GTs) da Comissão Temática de Inovação da FIERN.
O GT 1, de Inovação, Ciência e Tecnologia, apresentou a sequência do projeto piloto Conexões RN — Indústria e Academia, que busca aproximar os setores produtivos do estado às instituições de ciência e tecnologia para buscar soluções inovadoras para gargalos e desafios de cada setor. O novo coordenador do GT, Jefferson Oliveira, da Agência de Inovação da UFRN (AGIR/UFRN), enalteceu os resultados da primeira edição, em parceria com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RN (Sindleite-RN), e falou sobre a próxima edição, que vai buscar soluções para o setor pesqueiro do estado, em parceria com o Sindicato da Indústria de Pesca do RN (Sindipesca-RN).
No GT 2, que trata de Educação e Formação: Empreendedorismo & Talentos, a nova coordenadora, Marcella Assunção, professora do IFRN, falou sobre os encaminhamentos para a continuidade do Projeto Empreendedorando, que leva educação empreendedora para alunos da rede pública de ensino. A expectativa é ampliar a atuação e levar o projeto para municípios do interior do estado, além de estabelecer parcerias com instituições como o SESI-RN para a oferecer formação em robótica educacional.
Enquanto no GT 3, de Questões Regulatórias e Políticas Públicas, a coordenadora do grupo, Hermana Rebouças, também diretora do Departamento de Desenvolvimento Socioeconômico da Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla), falou sobre a atualização nas legislações em Ciência, Tecnologia e Inovação e do Fundo Municipal de Apoio à Ciência e Tecnologia (FACITEC).
Já no GT 4, que trata do Fomento à Inovação, o coordenador David Góis, Gerente de Negócios, Inovação e Tecnologia no Sebrae-RN, apresentou novas oportunidades de fomento e investimentos.
Polos Embrapii do IFRN e IMD
Os trabalhos realizados pelos polos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) no IFRN e no Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) também foram abordados durante o encontro.
O Centro de Referência em Tecnologia Mineral do IFRN Professor José Yvan Pereira Leite (CRTM/IFRN), localizado em Currais Novos, é uma Unidade EMBRAPII credenciada para atuar na área de Tecnologias em Mineração, com foco nas áreas de Exploração Mineral especializada em Minerais Portadores do Futuro e Soluções Tecnológicas Inovadoras em Geometalurgia.
“O centro tem objetivo de desenvolver projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para empresas do setor mineral e correlatos, além da prestação de serviços para esse setor. Para isso, lançamos mão da reconhecida experiência no desenvolvimento de projetos”, afirmou Rafael Passos, coordenador de Processos e Projetos do Polo de Inovação de Currais Novos, responsável por apresentar a atuação do CRTM.
Já o IMD passou a integrar a rede Embrapii para desenvolvimento de projetos e parcerias na área de Internet das Coisas e manufatura de hardwares. O IMD é um grande ambiente de inovação que oferece formação desde nível técnico até a graduação e pós-graduação, conta com uma estrutura tecnológica, ferramentas e equipamentos importantes para o trabalho com a tecnologia e inovação, além de um parque tecnológico e uma incubadora que impulsionam o potencial para a criação de novos empreendimentos em Tecnologia da Informação.
“Acreditamos que a pesquisa é um meio de alcançarmos produtos finais e isso é o que norteia o desenvolvimento dos projetos enquanto unidade Embrapii”, frisou o professor Itamir Barroca, do IMD, coordenador da iniciativa junto à Embrapii.
Texto e fotos: Guilherme Arnaud
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