Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira (6), mostra que o Brasil pode obter ganhos expressivos em caso de avanço das negociações entre Brasil e Estados Unidos em relação às tarifas aplicadas pelo governo norte-americano, principal expectativa em torno da conversa realizada nesta manhã entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump.
A análise da CNI considerou um acordo com os 1.908 produtos listados na Ordem Executiva de 5 de setembro, abrangendo tarifas recíprocas (10%) e setoriais. Essa negociação pode abrir espaço para isentar US$ 7,8 bilhões em exportações brasileiras aos EUA.
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Na manhã desta segunda-feira (6), os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos EUA, Donald Trump, conversaram por telefone. Lula pediu a revogação da tarifa adicional de 40% sobre os produtos brasileiros. O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, foram designados interlocutores para os próximos passos.
Na avaliação do presidente da CNI, Ricardo Alban, esse é um avanço concreto na retomada das negociações, reforçando o respeito mútuo e a relação entre os dois países. “Para a indústria, é muito relevante esse avanço das tratativas. Desde o início, nós defendemos o diálogo, pautado pelo respeito e pela significância desta parceria bicentenária. Vamos acompanhar e contribuir com o que for possível”, afirmou Alban.
Em setembro, a CNI liderou uma missão empresarial a Washington, com cerca de 130 empresários, para sensibilizar contrapartes americanas sobre os efeitos do tarifaço e sobre a necessidade de abrir canais oficiais de negociação.
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