O saldo do emprego com carteira assinada no Rio Grande do Norte correspondeu a +3.519 vagas abertas no mês de maio, resultante de +17.272 admissões e -13.753 desligamentos, segundo o Novo CAGED. Com este balanço, o total (estoque) de mão de obra empregada aumentou em 0,80%.

 

O volume de empregos gerados no mês pode ser considerado excepcional, uma vez que superou em 122,72% o saldo de abril (+1.580) e em 119,94% o de maio de 2021 (+1.600). O desempenho da Construção e dos Serviços contribuíram para esta performance.

 

Dentre os principais setores, apenas a Agropecuária registrou saldo negativo (-10 vagas) no mês. A indústria, em conjunto, assinalou o maior saldo (+1.978), seguida pelos Serviços (+1.082) e o Comércio (+469).

 

No acumulado janeiro-maio, o saldo total foi de +2.297 vagas, inferior ao do último mês (+3.519), o que se explica pelo impacto negativo das dispensas, entre janeiro e abril, de trabalhadores temporários na Agropecuária (-5.376 vagas), após a safra do melão, e na indústria de Transformação (-1.210), terminada a moagem da cana-de-açúcar.

 

Além disso, o balanço do Comércio também foi negativo (-886 até abril e -411 até maio). Neste caso, os cortes podem ser explicados pela alta da inflação, que impacta negativamente o poder aquisitivo da população, e a elevação dos juros, que tende a restringir o crédito e aumentar a inadimplência dos consumidores.

 

Por outro lado, os Serviços geraram +5.434 contratações líquidas até maio. Para o setor, tem-se, ainda, o rescaldo da retomada de atividades que operavam de forma mais restrita desde a fase mais aguda da pandemia, em 2020, como foram os casos da Educação não-formal e Atenção à saúde; também voltaram a operar mais intensamente as atividades de Seleção, agenciamento e locação de mão de obra.

 

Em 12 meses, foram abertas 28.764 vagas vinculadas à CLT no estado