As linhas de financiamentos para ampliação da geração de energia no Rio Grande do Norte foram discutidas nesta quarta-feira (18), durante a sessão da Comissão de Energias Renováveis (COERE/FIERN). Coube ao superintendente estadual do Banco do Nordeste, Fabrizzio Leite Feitosa, apresentar os principais programas de crédito da instituição. Na ocasião o presidente da COERE, Sérgio Azevedo, fez um balanço da atuação da Comissão, que tem apresentado sugestões para incentivar o desenvolvimento do setor. O vice-presidente do Sistema FIERN, Pedro Terceiro de Melo, também participou da reunião.

 

 

Fabrizzio Leite afirmou que o Rio Grande do Norte foi o Estado que mais recebeu crédito do Banco do Nordeste para projetos de micro e minigeração distribuída de energia para consumo próprio dos empreendimentos, em 2017. Os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE/SOL) totalizaram R$ 9,95 milhões e beneficiaram 59 clientes. Ele disse que a meta é ter um resultado mais expressivo em 2018.

 

O FNE SOL foi lançado em meados de 2016, como forma de contribuir para a sustentabilidade ambiental da matriz energética da Região Nordeste. A iniciativa, que conta com a participação dos principais atores econômicos do Estado, tem como o foco os empreendimentos voltados ao “aumento da eficiência energética, realizando investimentos em modernização e geração própria”.

 

O superintendente do Banco do Nordeste disse que este tipo de financiamento tem dado retorno aos empreendedores, uma vez que resulta em economia significativa na conta de energia elétrica, geralmente com prestação paga ao Banco do Nordeste pelo financiamento inferior ao que a empresa teria com a tarifa tradicional.

 

Sérgio Azevedo lembrou a importância de assegurar agilidade aos financiamentos e evitar que entraves burocráticos dificultem o acesso aos recursos, que muitas vezes são contratados pelos empresários junto à instituição, mas demoram na liberação. Pedro Terceiro destacou que a capacitação dos colaboradores da instituição financeira é um dos fatores que podem ajudar no relacionamento do banco com as empresas.

 

Na reunião da COERE, Lorena Rooselvelt também apresentou o Projeto Distribuída – Atendimento de MPEs para Instalação dos Sistemas de Energia Fotovoltaica. Segundo Lorena, esse projeto foi elaborado para ajudar na dinamização da cadeia produtiva de energias renováveis no Rio Grande do Norte por meio do apoio aos pequenos negócios.

 

Ela destacou alguns aspectos que são favoráveis a essa dinamização como a qualificação, no Estado, dos profissionais desta área; a presença de consultorias especializadas; a disponibilidade de laboratório com credibilidade; uma demanda reprimida a ser atendida; as linhas de crédito oferecidas e a governança que está sendo construída na COERE.

 

A sessão da COERE também teve a participação do diretor-geral do IDEMA, Rondinelle Oliveira, e dos demais conselheiros, entre os quais representantes dos sindicatos da indústria, órgãos ambientais e entidades empresariais.