
A Comissão Temática de Micro e Pequena Empresa (COMPEM) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) realizou, nesta quinta-feira (18), reunião voltada à análise de iniciativas estratégicas para o fortalecimento das micro e pequenas indústrias potiguares. O encontro, realizado na Casa da Indústria, marcou a última reunião da comissão em 2025 e reuniu empresários, representantes de instituições públicas e privadas do estado.
Entre os principais pontos da pauta esteve a apresentação da proposta da Pesquisa Avança RN, estudo que deve ser desenvolvido pelo Observatório da Indústria MAIS RN e que tem como objetivo aprofundar o entendimento sobre os desafios de atração e retenção de mão de obra na indústria do estado, inspirado na metodologia de um levantamento realizado pela Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP).
“É um tema que é um gargalo para todo o setor produtivo”, aponta o presidente da comissão, Ney Robson. Ele afirma que a pesquisa servirá como apoio técnico para tomada de decisões e será importante para entender o perfil do trabalhador potiguar. “Essa pesquisa pode se tornar um ganho para os demais setores da economia, não só para a indústria e reflete a falta de mão de obra em vários setores”, concluiu.
A proposta do estudo foi detalhada pelo assessor técnico do Observatório MAIS RN, Pedro Albuquerque, que destacou a importância de um diagnóstico mais qualitativo para subsidiar políticas públicas e estratégias empresariais voltadas ao mercado de trabalho industrial.

“Tudo isso gera um cenário extremamente complexo que reflete em vagas abertas e sem procura e o que fazer para reverter esse cenário. Isso passa não só por questões locais, como nacionais”, analisa Pedro Albuquerque.
“É de extrema importância conhecermos esses números por estado, para entender qual o nosso cenário”, destacou Rodrigo Mello, diretor regional do SENAI-RN, que falou também sobre os desafios da instituição na formação de mão de obra para o setor industrial.
A iniciativa pretende ir além dos indicadores tradicionais e incorporar a percepção e as expectativas dos próprios trabalhadores, além de identificar barreiras que dificultam o ingresso e a permanência da população no setor industrial.