Confiança industrial cai em 15 setores, quatro regiões e entre todos os portes de empresa, informa CNI

28/04/2025   11h40
Engenheiro e arquiteto estão trabalhando juntos para planejar a instalação de turbinas eólicas a fim de fornecer energia de backup com seriedade

 

 

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial caiu de forma generalizada em abril, mostra pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (25). Em relação a março, o indicador caiu em 15 setores industriais, quatro regiões do país e entre todos os portes de empresa, de acordo com o levantamento.

 

 

Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a queda significativa da confiança da indústria do Sudeste – que chegou ao menor nível em quase cinco anos – foi o fator que mais contribuiu para o recuo geral do ICEI. A confiança dos empresários da região caiu 1,3 ponto, para 45,9 pontos, pior patamar desde junho de 2020.

 

 

O índice também caiu nas indústrias de Norte (- 1,1 ponto), Centro-Oeste (- 0,8 ponto) e Nordeste (- 0,6 ponto), enquanto ficou praticamente estável no Sul (+ 0,2 ponto). Apesar disso, essa região, ao lado do Sudeste, continua registrando falta de confiança. As demais demonstram confiança.

 

 

No recorte setorial, o índice diminuiu em 15 dos 29 segmentos da indústria, aumentou em 13 e não mudou em um. Com isso, cinco setores industriais migraram de um estado de confiança para um estado de falta de confiança, enquanto três fizeram o caminho inverso.

Confira os setores que se tornaram pessimistas:

  • Obras de infraestrutura;
  • Produtos químicos (exceto perfumaria, limpeza etc.);
  • Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos;
  • Máquinas e materiais elétricos;
  • Manutenção e reparação.

 

 

Dessa forma, o balanço final de abril revela que empresários de 23 setores estão pessimistas, enquanto os representantes de apenas seis segmentos estão otimistas. Os industriais de produtos minerais não-metálicos, madeira, vestuário e acessórios e serviços especializados para a construção são os mais pessimistas.

 

 

“A confiança vem caindo porque a avaliação dos empresários sobre as condições atuais e expectativas deles quanto ao futuro de seus negócios e da economia estão piorando”, explica Marcelo Azevedo.

 

 

O levantamento também mostra que a confiança caiu em todos os portes de empresa. Com isso, as grandes indústrias passaram a um estado de pessimismo, algo que não ocorria há mais de dois anos. Elas se juntaram às pequenas e médias indústrias, que já apresentavam falta de confiança.

 

 

Mais sobre o ICEI Setorial

Para esta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.817 empresas: 723 de pequeno porte; 660 de médio porte; e 434 de grande porte, entre os dias 1º e 10 de abril de 2025.