O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Avraham Shelley, apontou a dessalinização de águas do mar como alternativa para suprir a carência hídrica do semiárido. Ele disse que essa tecnologia tem se desenvolvido e apresenta reduzido seu custo. Um dos palestrantes da manhã desta segunda-feira da 35ª edição do projeto Motores do Desenvolvimento do RN, o embaixador destacou também o interesse em parceiras que possam trazer tecnologias israelenses para melhorar as condições de convivência com a estiagem.

 

Yossi Avraham Shelley explicou que os dessalinizadores, em Israel, são instalados por empreendedores privados. O governo israelense paga apenas pela água utilizada na dessalinização. Isso evita gastos públicos elevados. Ele também ressaltou que a dessalinização da água do mar abastece cerca de 90% da comunidade israelense e poderia ser adotados no Rio Grande do Norte para amenizar os efeitos da seca no interior do estado.

 

 

Com 20 mil quilômetros quadrados de extensão, Israel tem uma área inferior ao Rio Grande do Norte e 9 milhões de habitantes. O país destina quase 5% no desenvolvimento de tecnologia. Ele informou que o Brasil tem firmado termos de cooperação assinados com o país israelense e esta parceria pode ser ampliada para técnicas de agricultura irrigada.

 

 

Isso porque, afirmou, há características semelhantes no clima nordestino e de Israel. No país do Oriente Médio chove menos de 400 milímetros de água por ano, o que caracteriza o bioma de semiárido.  “Nós não temos rios, não temos muita água subterrânea. O mar é muito grande e não foi feito somente para os peixes”, disse Yossi Shelley.