Empresário do Rock in Rio diz no fórum de inovação que entretenimento pode impulsionar o turismo

26/04/2018   18h11

 

“Todo mundo tem de ter muito claro qual é a proposta de valor do seu negócio e como vai, através dessa proposta de valor, resolver o problema do seu cliente”. A afirmação foi feita pelo CEO do Rock in Rio, Luís Justo, nesta quinta-feira, 26, na Casa da Indústria. Ele veio a Natal para participar do fórum “Inovação e Negócio. Dá certo!”, promovido pela FIERN em parceria com o Sebrae. Para Justo, o empresário tendo claro a visão do que é relevante no seu negócio para o cliente o conceito de inovação virá a reboque.

 

Segundo Luis Justo, todo mundo tem capacidade de fazer o que eles fizeram. “O Rock in Rio começa com uma grande ousadia. Há 33 anos nós éramos uma startup, que começou grande porque tinha um sonho grande, mas era uma startup que tinha o desafio de criar dentro do Brasil, num momento em que você não tinha estrutura nenhuma, o maior festival de música do mundo”, explicou.

 

A chave para o sucesso empresarial, na visão do CEO do Rock in Rio, é misturar o sonho com empreendedorismo. “Você deve sonhar grande porque se você sonhar pequeno você não irá construir nada grande. Mas junto com o sonho você deve ter capacidade de empreender”.

 

 

Ele diz que o empreendedorismo tem uma série de características, dentre elas, a resiliência para superar os obstáculos pelo caminho. “No entanto, mais importante do que o método – cada um tem a sua forma melhor de fazer o seu negócio – existe o conceito por trás de assumir riscos, de sonhar grande, mas com a capacidade de fazer acontecer”.

 

O empresário conta que, a cada edição do evento no Rio de Janeiro, é gerado um impacto econômico na cidade de cerca de R$ 1 bilhão. O evento tem força para atrair turistas do mundo inteiro. Ele também chama atenção para a capacidade de exposição do Brasil devido aos shows internacionais. “Só de mídia espontânea, atrelada ao festival, em valor de mercado, são R4 2,4 bilhões”.

 

Luís Justo considera que o entretenimento tem a capacidade de se tornar uma grande indústria e se referiu à vocação turística de Natal, semelhante a do Rio de Janeiro. “Você tem uma cadeia de eventos, uma cidade ou estado, que tem o olhar do turismo como Natal e o Rio de Janeiro, com grande potencial turístico, e traz dentro dessa cadeia de turismo, componentes de entretenimento, realização de shows e festivais, você imagine a capacidade que você se tivesse vários Rock in Rio permanentes”.

 

Para o empresário, diversão é para ser levado a sério “porque os números de fato são grandiosos e tem um grande impacto econômico para a cidade do ponto de vista de emprego e renda”.

 

NÚMEROS DO ROCK IN RIO

 

18 edições (começou em 1985)
9,2 milhões na plateia
1.747 artistas escalados
202 mil empregos gerados
143 milhões de pessoas alcançadas nas redes sociais em 2017