A equipe do MAIS RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), se reuniu, nesta quarta-feira (31), com Thiago Dantas e Silva, superintendente do Banco do Nordeste (BNB) no estado. O encontro tratou da programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o ano de 2023.

 

O MAIS RN participou da reunião com objetivo de subsidiar a definição do orçamento e das estratégias do BNB para os setores produtivos da indústria e agroindústria do estado, como também para estruturar uma agenda de trabalho conjunta entre a FIERN e a instituição financeira para o próximo ano.

 

Durante o encontro, a equipe técnica do núcleo apresentou sua história e atuação, com destaque para as iniciativas em inteligência de dados e as plataformas de Business Intelligence (BI). Com as plataformas, o MAIS RN apresenta dados e informações detalhadas sobre diversos setores da economia potiguar em ponto de uso para empresários, investidores e acadêmicos.

 

Também foi apresentada a Agenda FIERN para o Desenvolvimento Industrial 2023-2026, desenvolvida pelo MAIS RN, que traz dez tópicos essenciais para a retomada do processo de industrialização do estado, para melhorar a atração de investimentos externos e, indiretamente, contribuir para a saúde fiscal com o aumento de arrecadação e geração de empregos.

 

Com base nesse trabalho de inteligência e planejamento, foram apresentadas as atividades e setores da indústria e agroindústria potiguar com potencial de crescimento para 2023, bem como as ações estruturantes existentes no estado e atividades que necessitam de financiamento para alavancar o crescimento.

 

Por parte do superintendente, foram compartilhados estratégias, programas e projetos pertinentes ao setor produtivo do estado para a construção da programação do FNE 2023 e de outras formas de financiamento realizadas pelo BNB.

 

O diretor do MAIS RN, Marcelo Rosado, destaca que, “ao mesmo tempo em que temos a contribuir com o BNB, podemos aproveitar das iniciativas do Banco”. “O BNB desenvolve estudos e pesquisas que podem servir de forma complementar para nosso trabalho e ser muito valiosos em termos de metodologia”, completa Rosado.

 

Para o coordenador do MAIS RN, José Bezerra Marinho, “o que o BNB faz, com as entregas que tem, é substancioso e importante para a economia do Rio Grande do Norte”. “O MAIS RN, como parceiro da instituição, tem muito a contribuir com esse trabalho baseado nas nossas iniciativas em BI e agendas propositivas”, afirma Marinho.

 

O superintendente do BNB no RN ressaltou a importância do MAIS RN para a programação do FNE 2023. “Estamos buscando programar o FNE 2023 de forma participativa, ouvindo os atores dos segmentos, principalmente os que têm projetos estruturantes para o estado e trabalham com dados relevantes para as tomadas de decisões, como é o caso da FIERN, por meio do MAIS RN”, declara. “Queremos nos unir a essas instituições para sermos indutores no desenvolvimento, sem apenas esperar demandas de balcão”, frisa Thiago Dantas.

 

 

Sobre o FNE

Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 7.827/89, o FNE tem a finalidade de ser uma fonte estável de recursos para o financiamento das atividades produtivas da região Nordeste e do Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, para estudantes abrangidos pelo Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES) e para pessoas físicas, mini e microgeradoras de energia fotovoltaica, em condições apropriadas para a promoção do desenvolvimento econômico e social.

 

O Fundo veio com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e regionais preconizada pela Constituição Federal brasileira, suscitando a existência de políticas públicas que promovam a diminuição das diferenças inter e intrarregionais, mediante a democratização de investimentos produtivos que impulsionem o desenvolvimento econômico com a correspondente geração de emprego e renda.

 

Provido de recursos federais, o FNE financia investimentos de longo prazo e, complementarmente, capital de giro ou custeio, abrangendo os diversos setores da economia, como o agropecuário, industrial, agroindustrial, turismo, comércio, serviços, cultural, infraestrutura. Atualmente, o FNE atende 2.074 municípios situados nos nove estados do Nordeste e no Norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, incluindo os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri.

 

O MAIS RN

Lançado em 2014 como um estudo que apontava os rumos para o crescimento econômico do Rio Grande do Norte, o MAIS RN evoluiu para uma unidade que trabalha continuamente com uma metodologia em tríplice hélice e atua para a integração futura da inteligência de dados com a rede nacional do Observatório da Indústria para promover o desenvolvimento do estado.

 

Lançado em 2014 como um observatório da indústria e um mapa de oportunidades de negócios, potenciais econômicos e ações prioritárias, em âmbito público e privado, o Mais RN inicialmente listava uma série de ações e metas para viabilizar, em 20 anos, um novo patamar de crescimento econômico do Rio Grande do Norte, sendo apresentado a gestores públicos.

 

Em 2020, o programa atingiu nova feição ao lançar a versão digital, o Mais RN 4.0 e, em meio a pandemia de Covid-19, lançar mão de recursos e plataformas digitais de Power BI (Business Inteligence) e ganhou espaços de debate junto aos empresários, com o Mais RN em Ação, que trouxe as Salas de Situação.

 

Para o Observatório, foi criado um conjunto de dashboards com dados e indicadores, de diversas fontes — como emprego, desemprego, arrecadação pública, ICMS, PIB per capita do Município, PIB da Indústria, PIB dos Serviços, análise da evolução do emprego, evolução da indústria —, que se correlacionam e podem ser atualizados para dar um panorama geral e sistematizado sobre determinado cenário ou setor da economia.

 

A plataforma desenvolveu também o documento Agenda Propositiva para o Desenvolvimento do RN, entregue ao Governo do Estado em outubro de 2021, elencando pontos e ações que envolvem poucos recursos financeiros em termos de investimento público, mas são de fundamental importância para a economia potiguar.

 

E, neste mês de agosto, elaborou uma nova Agenda, a Caminhos do RN 2023-2026, entregue aos candidatos ao Governo do Estado no Fórum Caminhos do RN, promovido pela FIERN.