
Mais liberdade para os empreendedores, ampla privatização, redução das despesas dos governos, descentralização da aplicação dos recursos públicos e diminuição da carga tributária. Estes foram os principais pontos defendidos pelo o pré-candidato a presidente da República pelo Partido Novo, João Amoêdo, durante a palestra no Fórum Sistema FIERN Caminhos do Brasil, na Casa da Indústria, nesta segunda-feira, 26.
O presidenciável fez um diagnóstico da situação econômica e política do país. Na ocasião, ele apresentou indicadores que mostram dificuldades para se empreender no Brasil. Lembrou que a economia nacional está entre as que ficam nas piores colocações no ranking de liberdade econômica. Em 2017, o Brasil caiu 12 posições e figura em 118º lugar na lista, elaborada pelo instituto de pesquisa canadense Fraser Institute. Com nota 6,34, citou Amoêdo, o país se encaixou no patamar dos “menos livres”.
“Não é uma posição que queremos ficar”, disse o pré-candidato do Partido Novo. Ele afirmou que o melhor caminho é reduzir a intervenção do Estado na atividade econômica. Essa situação, avaliou, é decorrência de uma economia na qual há dificuldade para se abrir e fechar empresas e se caracteriza por entraves para a inovação, com um burocracia elevada.
“Precisamos de menos tutela estatal. Mas a carga tributária está cada vez maior”, disse. Para ele, o modelo está falido e precisa mudar. “Devemos ter um país no qual todos ‘possam chegar lá’”, acrescentou. Para isso, o estado deve deixar a economia para as empresas privadas e ter como foco os serviços públicos essenciais, como educação, saúde, segurança. “Atuar para termos um Brasil mais seguro, isto sim é um papel do Estado”, afirmou.

Amoêdo aproveitou também para defender a revogação do Estatuto do Desarmamento, um lei de Execuções Penais mais rígida e tolerância zero com a corrupção. Para a educação, afirmou que considera como melhor caminho o governo, no lugar de se dedicar a destinar um orçamento elevado ao ensino superior, priorizar a educação básica. Neste sentido, defendeu também um modelo no qual as famílias de baixa rende recebam um “vale educação” e, assim, possam matricular seus filhos das escolas privadas que escolherem.
“Devemos, em todas essas áreas, ter uma identificação correta dos problemas. Por isso, é importante uma nova reforma trabalhista e a descentralização dos recursos em benefício dos municípios. Enfim, mudança para que o cidadão seja o protagonista”, comentou.
Para João Amoêdo, é necessário ocupar os espaços com ideias inovadores e voltadas à livre iniciativa. “Temos que colocar [nos cargos públicos] pessoas que a gente admire e que estejam comprometidas com a renovação”, destacou.
Depois da palestra, houve a etapa das perguntas ao pré-candidato. Coube ao presidente da FIERN fazer o primeiro questionamento e ele indagou Amoêdo sobre propostas para a região Nordeste. O pré-candidato disse que a região também terá um crescimento mais significativo se for assegurada liberdade econômica.