

O pré-candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) disse que, se vencer as eleições, fará reformas estruturantes ainda no primeiro semestre do governo. Entre as prioridades estão a simplificação tributária, com unificação de impostos; revisão do modelo de representação política e a reforma do sistema previdenciário.
Alckmin foi o primeiro político a apresentar suas propostas no Diálogo da Indústria com os Candidatos à Presidência da República, que acontece ao longo desta quarta-feira (4), em Brasília, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O tucano, ex-governador de São Paulo, disse ainda que pretende zerar o déficit público em dois anos, condição apontada por ele para que o Estado volte a ter condição de investimento. Além disso, defendeu a redução da máquina estatal, assim como a realização de privatizações e parcerias público-privadas. Para isso, o representante do PSDB reiterou a necessidade de garantir a segurança jurídica no país, por meio de marcos legais seguros e agências reguladoras fortes e apartidárias.
O pré-candidato afirmou que pretende reduzir o imposto de renda de empresas como incentivo à retomada e atração de investimentos, o que, segundo o candidato, é o que garantirá a geração de empregos e renda no país. Seu governo, afirmou, dobrará a renda do trabalhador brasileiro. Alckmin destacou que sua equipe buscará melhorar a educação básica no Brasil e relacionou a qualidade da educação à baixa produtividade.
Ele destacou ainda que ampliará a agenda de acordos comerciais e que seu governo defenderá os interesses do produto brasileiro no exterior.

Confira os principais pontos da apresentação de Geraldo Alckmin aos empresários:


Amaro Sales, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN)
“Eu acredito que o pré-candidato Geraldo Alckmin reúne todas as condições para implementar as mudanças que nós necessitamos. As reformas política, tributária e previdenciária precisam ser feitas, se não, não haverá governabilidade. O que me chamou a atenção é que ele traz uma agenda desenvolvimentista, positiva e de geração de emprego. Se ele conseguir realizar 20% do que ele coloca no discurso, o Brasil sairá muito rápido dessa crise em que se encontra hoje. No discurso, ele traz o sentimento de esperança, mesmo sabendo que não vai bem nas pesquisas. Mas entendemos que, tecnicamente, para a indústria, seria um excelente nome para governar o país.”

José Conrado de Azevedo Santos, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA)
“A gente fica satisfeito de ver uma exposição igual à do Geraldo porque ele demonstra experiência e competência. É o que esperamos para o governo do país. Ficamos esperançosos porque ele transmite tranquilidade para governar. A gente precisa de uma pessoa inovadora, mas que tenha essa experiência. O Geraldo Alckmin tem o perfil. E ele demonstrou que deve seguir a agenda de reformas que o Brasil precisa, apresentadas nos estudos da CNI.”

Jamal Bittar, presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA)
“O discurso do Alckmin foi extremamente animador. Eu vejo o candidato como referência de gestão pelo o que fez em São Paulo. Ele consolidou um modo de governar competente e com proposições interessantes para a indústria, no sentido do comprometimento com a estabilidade do país, a volta do crescimento, o estímulo à produção e a preocupação com emprego. Pode parecer um discurso que não é inovador, mas ele é confiável. Alckmin tem boas propostas para o país e capacidade de aplicá-las com eficiência.”

Cláudio Petrycoski, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
“Gostei muito da exposição do Geraldo Alckmin. Gostei de todas as propostas dele. Pelo menos é o que nós empresários gostaríamos de ouvir. Temas como descentralização e desburocratização são importantes. Ele deu exemplos do que fez no estado de São Paulo, o que significa ele pode aplicar a nível federal. A reforma tributária foi uma tema que me chamou atenção, ao dizer que vai tentar implementar a cobrança mais simples, com impostos como o IVA (Imposto de Valor Agregado). Ele também falou sobre a reforma da Previdência, trazendo dados e informações técnicas que o sistema atual é insuportável tanto economicamente quanto financeiramente.”
DIÁLOGO DA INDÚSTRIA COM OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA – Há duas décadas, a CNI apresenta à sociedade e aos candidatos à Presidência da República um conjunto de propostas para o crescimento econômico e social do Brasil. Neste ano, o setor industrial sabatina seis pré-candidatos ao Palácio do Planalto. Acompanhe a cobertura completa na Agência CNI de Notícias e no Flickr da CNI.