O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RN) realizou, na tarde da terça-feira(10), a II Tardezinha Criativa Inclusiva, um evento que combina capacitação, empreendedorismo e um forte foco na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

 

O encontro celebrou o encerramento das ações inclusivas do ano de 2025 e contou com a participação de importantes entidades da causa inclusiva, como a Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (APABB), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAI), a Rede de Apoio de Mãe Luiza Atípica (RAMLA), e Rede Regional pela Educação Inclusiva (RREI Latinoamérica).

 

A assistente social da APABB, Daliana Duarte, expressou sua satisfação com a parceria. “Mais uma vez, o Senai nos surpreende com mais essa edição do Tardezinha Inclusiva, onde a gente tem a oportunidade de trazer os nossos atendidos aqui, mostrando para eles um curso no qual eles podem não só adquirir conhecimento em relação à questão da própria atividade em si, mas também junto com seus familiares, tendo a oportunidade de adquirir conhecimento acerca de uma atividade que, inclusive, eles podem futuramente trabalhar de forma remunerada”, diz

 

O evento, que faz parte do Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), ofereceu um roteiro diversificado, incluindo a “Oficina de Biscoitos”, a oficina de fotografia “A Cada Sorriso, um FLASH” e o encontro “Cuidando de Quem Cuida”, voltado para mães atípicas. A programação culminou com uma degustação das produções.

 

A supervisora pedagógica do SENAI Natal, Geiza Revoredo, destacou o objetivo principal: “Trazendo, além do conhecimento, o empreendedorismo na área de alimentos, inclusão no Mercado de Trabalho, desafios e exemplos. Colocamos aqui a importância da capacitação como ferramenta para superar a resistência do mercado de trabalho em absorver pessoas com deficiência”, diz Geiza.

 

A mãe da aluna Roberta Gemima, a mãe atípica Azel Roberta (que também faz parte do RAMLA), destaca que a atividade no SENAI ajuda o aluno e os pais. “É a primeira vez que eu estou aqui. Acho maravilhoso esse momento de nos tirar de casa, da nossa rotina e assim, dar um incentivo para essas pessoas. Para minha filha, isso é importante porque isso vai estimular até mesmo em casa o desejo, a vontade de fazer, de conhecer. E isso também vai me ajudar. Ela aprendendo vai me ajudar. É Maravilhoso”, enfatiza Azel.

 

Ari Moura, conselheiro da Rede Regional pela Educação Inclusiva (RREI Latinoamérica), com sede na Argentina, endossou a relevância da ação do Senai. “Um dos grandes problemas da inclusão que a gente vive é realmente o mundo do trabalho, que apesar de ter cotas, de ser obrigatório, nós enfrentamos uma resistência muito grande do mercado para incorporar as pessoas com deficiência”, afirma.

 

Moura citou ainda o sucesso de um curso anterior: “Tivemos uma experiência aqui no Senai muito grande, muito enriquecedora, que foi o assistente administrativo, inclusive, que terminou agora em outubro, e mostrou que as pessoas se preocuparam com as diferenças, não foi um curso linear, foi um curso respeitando as diferenças. A atitude do Senai é de grande importância, não apenas pelo efeito local, mas também pelo potencial de demonstração que pode ser replicado em outros estados e até mesmo internacionalmente, na criação de mecanismos eficazes para a inclusão”, completa.

 

A Tardezinha foi organizada pelo Chef Manoel Rufino, a supervisora pedagógica Geiza Revorêdo, o bibliotecário Nele Nelson, o instrutor Wesley Rocha e Magda Cardoso.

 

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Jo Lopes