Sondagem Especial: Impactos do novo coronavírus sobre a indústria potiguar

15/05/2020   11h03

A crise provocada pelo novo coronavírus também provocou impactos na indústria potiguar. É o que se constatam as Sondagens Especiais – Impactos do Coronavírus na Indústria da Construção Potiguar, e também na Extrativa e de Transformação. 

 

Ambas foram realizadas no período de 1º a 14 de abril, em parceria com a CNI, e contou com 12 e 24 participantes respectivamente. 

 

Confira abaixo das informações de cada sondagem:

 

Indústria Extrativa e de Transformação

 

A pandemia do novo coronavírus e a necessidade de adoção de medidas de distanciamento social como principal forma de prevenção provocou impactos na econômica global, com a parada ou desaceleração súbita de muitas atividades. No Brasil, a indústria é um dos setores a enfrentar situação mais crítica. O Rio Grande do Norte segue a mesma tendência. Com o intuito de avaliar o impacto em diferentes áreas das empresas industriais, a FIERN realizou, em parceria com a CNI, a Sondagem Especial – Impactos do Coronavírus, entre os dias 1o e 14 de abril de 2020. A consulta a empresas do potiguares contou com uma amostra de 26 participantes e foi efetuada juntamente com a Sondagem da Indústria Extrativa e de Transformação de março.

 

A pesquisa mostra que até o final de março, 90% das indústrias do estado já tinham sentido algum impacto negativo. Ressalte-se que, até o período da consulta, as medidas de afastamento social estavam apenas se iniciando em todo o país, mas a indústria já sentia os efeitos das quarentenas da China – efetivadas em janeiro – em algumas cadeias de suprimento. No Rio Grande do Norte, o distanciamento individual foi decretado, oficialmente, no dia 23 de março e tem continuidade nos dias atuais.

 

A interdependência das etapas da atividade econômica, que compreende a interação entre produtores e consumidores, faz com que os impactos provocados pela crise do coronavírus atinjam a indústria pelo lado da oferta e da demanda. Esses efeitos foram detectados no Rio Grande do Norte. As dificuldades na aquisição de insumos e matérias-primas (78,8%) e/ou na logística de transporte destes fatores (72,7%) afetam a produção (67,6%) das empresas. Na sequência, as indústrias são atingidas pela queda na demanda por seus produtos (72,7%). É importante ressaltar que as perdas de emprego e a diminuição da renda das famílias são coadjuvantes do último aspecto.

 

As consequências imediatas desse processo são queda no faturamento das empresas (58,1%) e dificuldades para efetuar pagamentos de rotina (78,3%), como tributos, fornecedores, salários, energia, elétrica, alugueis, etc.

 

Considerando os portes empresariais pesquisados, a Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação também captou intensidades distintas de impacto em alguns aspectos. As pequenas empresas têm sido atingidas com mais força pela queda na demanda (91,0%) e na produção (90,9%) do que as médias e grandes (66,7% e 60,0%, respectivamente). Estas, por sua vez, são afetadas com maior ênfase pelas dificuldades de aquisição de insumos e matérias-primas (86,7%), pela logística de transportes (78,6%) e nos problemas de disponibilidade financeira para efetuar pagamentos de rotina (80,0%), contra assinalações de 54,6%, 54,6% e 72,8% das pequenas empresas, respectivamente.

 

Os resultados referentes ao conjunto do país, divulgados hoje, 14/05 pela CNI apontam convergência com os potiguares. Ou seja, 91% das empresas industriais brasileiras sentiram algum impacto negativo em decorrência da pandemia. A maioria também reportou queda na demanda (76%); dificuldades na aquisição de insumos e matérias-primas (77%). Todavia, é importante destacar que os dados consolidados da CNI incluem a Construção Civil, enquanto a FIERN elaborou análises separadas para cada segmento industrial e optou por detalhar alguns resultados das Extrativas e Transformação por porte.

 

Indústria potiguar sofre impacto negativo

De cada dez indústrias do Rio Grande do Norte, nove percebem os efeitos desfavoráveis do novo coronavírus em suas atividades. Ou seja, 90% das empresas sofrem algum impacto negativo da pandemia. Destas, 24,6% sentem o impacto com muita intensidade; e a maioria o sente com pouca (36,5%) ou média intensidade (28,5%). Apenas 5,1% das empresas consultadas se declaram positivamente impactadas pelos efeitos da pandemia, mas todas com pouca intensidade, enquanto outras 5,1% não sentem impactos.

 

Clique aqui e confira a Sondagem Especial do RN na íntegra.

 

 

Indústria da Construção Civil

 

 

A crise provocada pelo novo coronavírus também provocou impactos na indústria da construção. É o que se constata na Sondagem Especial – Impactos do Coronavírus na Indústria da Construção Potiguar, realizada pela FIERN, em parceria com a CNI, entre os dias 1o e 14 de abril de 2020. Pesquisa similar foi elaborada para os setores extrativo e de transformação, com resultados divulgados no dia 14 de maio. Links com os resultados desta última para Rio Grande do Norte e Brasil estão disponíveis no final do trabalho.
 
 
Conforme já mencionado na pesquisa anterior, a pandemia da COVID-19 atingiu a economia brasileira de forma generalizada e a indústria em particular, ao ser atingida pelo lado da oferta (escassez de insumos e matérias-primas e respectivas logísticas de transporte) e da demanda (queda abrupta na renda dos consumidores).
 
 
A sondagem especial da construção potiguar contou com uma amostra de 12 participantes e foi efetuada juntamente com a Sondagem Indústria da Construção de março.
 
 
Os resultados da pesquisa mostram que, até o final de março, o impacto negativo da crise do coronavírus é percebido por 100% das empresas da indústria da construção consultadas. Isto sugere que, proporcionalmente, mais empresas do setor sentem-se afetadas pela pandemia do que as indústrias extrativas e de transformação, que registraram 90% de assinalações para a mesma questão. As intensidades é que parecem ser experimentadas de forma distinta nos dois setores, pois apenas 9,4% das empresas da construção, contra 24,6% das do segundo grupo reportaram sentir os impactos da crise com muita intensidade. A Sondagem também destaca que, de cada dez empresas da construção, quase sete detectam queda ou interrupção na atividade, além de enfrentar problemas para efetuar pagamentos de rotina. É importante ressaltar que, até o período da aplicação das duas sondagens, as medidas de afastamento social estavam apenas se iniciando em todo o país. No Rio Grande do Norte, o distanciamento individual foi decretado, oficialmente, no dia 23 de março e tem continuidade nos dias atuais.
 
 
Os resultados referentes ao conjunto do país, divulgados no dia 14/05 pela CNI apontam convergência com os potiguares. Todavia, pelas proporções das respostas, pode-se inferir que a construção nacional foi mais impactada, apesar de 100% das indústrias potiguares terem sentido algum impacto decorrente da pandemia do coronavírus.
A CONSTRUÇÃO POTIGUAR SOFRE IMPACTO NEGATIVO DO CORONAVÍRUS
 
 
100% das empresas da indústria da construção potiguar percebem os impactos negativos do coronavírus. Porém, a maioria delas (52,9%) o sentem com pouca intensidade, 37,7% com intensidade média e apenas 9,4% sentem o impacto com muita intensidade.

 

Clique aqui e confira a íntegra da Sondagem Especial da Indústria da Construção Civil