Roberto Serquiz, industrial, Presidente do Sistema FIERN
Na atual visão da indústria, ao falarmos sobre desenvolvimento já inserimos a sustentabilidade como parâmetro básico, ou seja, o conceito abraçado pelos empreendedores industriais é traçado a partir do que se compreende atualmente como “desenvolvimento sustentável”.
Palavras da própria Confederação Nacional da Indústria (CNI), neste sentido, evidenciam que: “o setor industrial brasileiro adota princípios da sustentabilidade, como ética, transparência e respeito à sociedade e ao meio ambiente”. Assim, dia a dia, o 05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente é, realmente, presente na vida da indústria nacional.
Como exemplo de prática concreta, além de outras relevantes iniciativas no âmbito do território potiguar, a iniciativa da criação do SINDRECICLA tem se destacado nacionalmente e o Sistema FIERN, a partir de Arez-RN, traz uma experiência que merece a atenção de todos e sua reprodução em outras cidades: trata-se de uma Unidade de Triagem de Resíduos. Por lá, além da atividade de reciclagem, se busca trabalhar a educação ambiental. Estamos todos envolvidos, dentre os quais, o SESI, o SindiRecicla, empresários, catadores e Prefeitura local. Atuamos para que seja um projeto modelo para outras cidades do nosso Estado.
Além das ações objetivas, o Sistema FIERN há muito luta pela atualização da legislação ambiental do Rio Grande do Norte, notadamente, a modernização da Lei nº272/2004. Alguns eixos já foram apresentados: a) descentralização do licenciamento ambiental; b) autonomia do IDEMA; c) adequação à legislação federal. Mudanças importantes que trarão maior segurança jurídica, ao mesmo tempo garantindo a necessária consciência ambiental.
Outro relevante fato aguardado para 2025 é a realização, em Belém-PA, da COP 30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. De fato, o futuro climático do planeta passa pela proteção da floresta amazônica e são muitos os desafios atuais que merecem a atenção de líderes, cientistas, sociedade civil como um todo! Precisamos acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e definirmos a mobilização de recursos financeiros, pelos Países mais ricos, em favor das nações mais vulneráveis.
Neste contexto, o Rio Grande do Norte entra no centro das atenções ao se tratar de sustentabilidade e futuro, diante do nosso imenso potencial para um item essencial para se pensar em um mundo com menores emissões de carbono e para viabilizar uma das prerrogativas necessárias a uma sociedade mais sustentável: energia limpa, verde e abundante.
O dia mundial do meio ambiente também deve ser uma data marcada pela sensibilização. Sem extremismos, com a tecnologia e razoabilidade, podemos convergir em uma pauta comum de defesa do meio ambiente e de suas potencialidades, onde o maior aliado do desenvolvimento precisa ser o diálogo e a racionalidade. O segmento industrial, presente, já colabora, continuará e deseja fazer cada vez mais!