Brasil 200

5/02/2018   15h57

 

Amaro Sales de Araújo, industrial, Presidente da FIERN do COMPEM/CNI.

 

Das notícias boas do início do ano, uma chegou com as digitais de um potiguar empreendedor. Refiro-me ao movimento Brasil 200 e ao empresário Flávio Rocha, presidente da Riachuelo e uma das lideranças mais conhecidas dos empreendedores nacionais.

 

O movimento “Brasil 200” é uma marca para lembrar os 200 anos de independência do País. Como registra a história, em 1822 nos tornamos independentes de Portugal. Passamos, então, com erros e acertos, a conduzir nosso rumo, com as peculiaridades e projetos de cada tempo. Olhando para 2022, como propõe o movimento, os próximos quatro anos serão decisivos para construirmos um novo período que celebre, com melhores resultados, 200 anos de independência. Aliás, somente o número expressivo de 12 milhões de desempregados já nos indica que precisamos reconstruir caminhos, estabelecer novas metas e buscar outros resultados.

 

Neste sentido o movimento Brasil 200 propõe um engajamento de todos os segmentos, especialmente, dos empreendedores que, em regra, ficavam um tanto distantes do processo de decisão política. Como bem afirma Flávio Rocha: “Está mais do que na hora de os empresários assumirem sua responsabilidade. Empreendedores devem ser os guardiões mais intransigentes da competitividade e da liberdade, pré-requisitos para a criação de riqueza, que move a economia e coloca a sociedade no caminho da prosperidade e da justiça social. Da justiça social verdadeira, acrescento, aquela que promove autonomia, dignidade e oportunidade para todos. Não podemos mais ser parte do problema. Temos que honrar nossa vocação e ser parte da solução.”

 

Evidentemente que se a maioria – de todos os segmentos e níveis – convergisse para um projeto de País com uma pauta bem definida e com responsabilidades partilhadas, o Brasil avançará muito nos anos que nos separaram da data histórica de celebração do bicentenário da independência. O movimento propõe alguns princípios que merecem a atenciosa análise de todos, dentre os quais, a luta contra a corrupção e a excessiva regulamentação intervencionista na economia. Por exemplo: menos Estado pode significar menos corrupção.

 

É óbvio que não é apenas diminuir o tamanho do Estado, mas estabelecer uma atuação – para o ente estatal – que seja eficaz em torno de políticas públicas que melhorem a vida da sociedade em geral. O tamanho bem definido ajudará a mais eficácia na atuação e menos possibilidades de ralos de corrupção e clientelismo. Ademais, também para conter a judicialização em torno de tudo e de todos. A sociedade precisa ter pesos e referenciais que moderem as relações sociais e que estimulem o diálogo.

 

O “Brasil 200” nos ajuda a sonhar e, em consequência, a planejar um novo rumo onde se celebre também uma nova independência, ou seja, um País mais empreendedor e menos intolerante. Como já foi dito pelo próprio movimento: País rico é País empreendedor e livre!

 

Publicado na Tribuna do Norte (04.02.2018)