O Indicador de Custos Industriais (ICI), divulgado nesta terça-feira (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou queda pelo quinto trimestre consecutivo. Os custos da indústria recuaram 2,3% no terceiro trimestre de 2023 na comparação com os três meses anteriores. No entanto, o ICI ainda se encontra em patamar elevado: 25,3% acima dos níveis pré-pandemia.
Na avaliação da equipe econômica da CNI, essa queda na comparação trimestral pode ser explicada pelo recuo de dois dos três componentes do ICI: o custo de produção caiu 2,7% e o custo de capital, 2,1%. Já o custo tributário apresentou alta de 0,7%, o que não foi suficiente para reverter o recuo dos demais componentes do índice.
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Embora o custo de produção tenha caído 2,7% no terceiro trimestre do ano passado, o índice continua em patamar elevado: 41,5% acima do período pré-pandemia. Todos os três componentes do custo de produção caíram, sendo o de bens intermediários o que recuou com maior intensidade e contribuiu para o resultado trimestral – queda de 3,4%, apesar de ainda estar com custo 47% mais alto do que antes da pandemia.
Os demais componentes registraram recuos mais tímidos. No caso do custo de energia, a queda na comparação do terceiro com o segundo trimestre de 2023 foi de 0,2% e ocorreu em razão da diminuição no custo com gás natural, que contrabalanceou os aumentos nos custos de energia elétrica e de óleo combustível. O custo com pessoal também recuou, apenas 0,2%.
Os dados divulgados revelam também que, depois de sete trimestres de alta, o índice de custo com capital registrou a segunda queda consecutiva – dessa vez de 2,1%. Na avaliação da CNI, esse movimento está relacionado à redução da taxa básica de juros, que sofreu dois cortes de 0,5 ponto percentual ao longo daquele trimestre. Apesar do recuo, os gastos com capital tiveram elevação de 44,8% em relação ao período pré-pandemia.
De acordo com o ICI, o custo tributário apresentou alta de 0,7% na comparação do terceiro com o segundo trimestre de 2023. Esse índice é mensurado pela soma dos tributos federais e estaduais pagos pela indústria divididos pelo PIB industrial.
A soma dos tributos federais desembolsados cresceu 6,2%, enquanto os desembolsos com impostos estaduais aumentaram 7,2% no período. O PIB industrial em valores correntes também se elevou no trimestre, em 6,1%. Como essa alta se deu em menor magnitude que o aumento dos tributos, o custo tributário cresceu entre o segundo e o terceiro trimestres, mas continua em patamar mais baixo que o verificado no começo de 2022.
Agência de Notícias da Indústria