O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) Marcelo Rosado representou a FIERN no seminário “Bioma Caatinga e seus desafios”, realizado nesta segunda-feira (29), no auditório do Idema, em alusão aos 35 anos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Com a presença do presidente nacional do IBAMA, Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça, autoridades públicas, representantes do setor produtivo e acadêmicos, o evento debateu perspectivas diversas sobre a caatinga.

 

 

Marcelo Rosado enalteceu as riquezas que o estado possui na região de caatinga e defendeu o diálogo para construir o melhor caminho para o aproveitamento dessas riquezas. “Através das tecnologias e da Academia, estamos encontrando formas para trazer prosperidade para essa região conciliando o desenvolvimento com a conservação”, afirma.

 

“A FIERN se propõe a fazer essa construção encontrando a sustentabilidade. Esse desenvolvimento não precisa excluir a visões ou pensamentos. Pelo contrário, queremos que todos se sintam incluídos para que a gente possa construir um amanhã melhor”, completa Rosado.

 

 

O presidente nacional do IBAMA destacou que o Governo Federal tem o compromisso de prevenir e reverter a devastação da caatinga. “Temos um grande desafio de conservar a biodiversidade e ao mesmo tempo garantir qualidade de vida para o povo da caatinga. Acho que esses são grandes desafios que estão colocados”, aponta.

 

Já o superintendente do Instituto no Rio Grande do Norte, Rivaldo Fernandes, ressalta a necessidade de colocar a preservação da caatinga como prioridade nacional. “A caatinga é o SemiÁrido mais populoso do mundo, com uma das maiores biodiversidades do planeta, mas é o terceiro mais devastado. Então, precisamos ter como prioridade a preservação e reconstrução desse importante bioma que é essencialmente brasileiro”, defende.

 

Caatinga

 

O bioma da caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais e abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas.

 

Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver. A caatinga tem um imenso potencial para a conservação de serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorados, podem ser decisivos para o desenvolvimento da região e do país.