A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) realizou na quarta-feira (13), na Casa da Indústria, sede da Federação, uma reunião com o Consórcio Intersal, formado pelos grupos Intermarítima e Salinor, que opera o Terminal Salineiro de Areia Branca (TERSAB), localizado na Costa Branca Potiguar. O encontro debateu operações de cabotagem e economia do mar, proporcionou a troca de know-how e desenvolvimento deste segmento industrial e também discutiu a viabilização de uma rota de cabotagem para o Rio Grande do Norte. Um esforço que vem sendo pleiteado por vários setores e instituições da economia do Estado.
O diretor executivo do Terminal Salineiro Intersal, Valmir Castro de Araújo, explica que a Intersal tem total interesse em apoiar o projeto de cabotagem a partir do Porto de Natal. “Nós somos operadores portuários, somos operadores logísticos, somos agenciamento marítimo também e empresa com expertise para poder apoiar que [a cabotagem] saia do papel. Temos conhecimento na área de operação de contêiner, com muito expertise, principalmente na costa brasileira, para encontrar a melhor solução para o problema que o estado do Rio Grande Norte tem de não possuir uma linha que conecte o Porto de Natal ao resto dos portos do Brasil”, afirma.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Reciclagem e Descartáveis do Estado do Rio Grande do Norte (Sindrecicla-RN), Etelvino Patrício de Medeiros, a reunião foi muito boa em termos de alinhamento e, ao mesmo tempo, sobre cabotagem e a possibilidade da Intermarítima estar operando no Porto Natal.
“Eles nos orientaram e disseram que para fazer um armador para o Porto de Natal, seria bom trabalhar com os menores armadores, que com certeza têm interesse em fixar uma linha ao Porto de Natal; atendendo todos os empreendedores industriais aqui do estado. E diante dessa situação, conversamos também sobre outros modelos e outras formas de carga e assim teremos agora um novo direcionamento, que é justamente prospectar esses armadores de menor porte, e ver se nós conseguimos atraí-los ao Porto Natal”, explica Etelvino Patrício.
“Foi uma maneira de ouvir a experiência deles nas questões de transportes marítimos e aproveitar esse conhecimento para ajudar a FIERN nesse esforço de trazer uma linha de cabotagem”, explica o responsável técnico do CIN-FIERN, Luiz Henrique Guedes.
Também esteve representado na reunião, o Cluster Tecnológico Naval do RN, do qual a FIERN é uma das fundadoras, e que tem como objetivo atuar em tríplice hélice consolidando um ambiente de negócios saudável para promover o desenvolvimento da economia do mar no Rio Grande do Norte.
“A intenção do Cluster é sempre unir na mesma mesa as intenções e atores relacionados à economia do mar potiguar, incluindo a cabotagem. Além disso vislumbramos muita sinergia com os segmentos representados pela FIERN, exemplo da Reciclagem e descomissionamento de estruturas offshore, sal, pesca, metal e outros negócios promissores em nosso território”, enfatiza o consultor executivo do Cluster, Daniel Penteado Lana.
Participaram também da reunião, o gerente de operações do Consórcio Intersal, Sydney Lemos, o gerente administrativo-financeiro do Intersal, Fábio Hereda, e o assessor técnico do Espaço de Desenvolvimento Industrial, Marcelo Dantas Nepomuceno.
Texto: Jô Lopes
Edição: Sara Vasconcelos
Foto: Fiern