O Observatório da Indústria MAIS RN, núcleo de planejamento estratégico da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), participou, nesta segunda-feira (10), do quadro “Nossa Economia”, veiculado no jornal Bom Dia RN, da InterTV Cabugi, afiliada da Rede Globo. Durante a apresentação, o assessor técnico do Observatório Pedro Albuquerque destacou os principais números do final de 2024 e as perspectivas para o ano que se inicia.
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O saldo de empregos no último mês do ano foi negativo. “Passamos o ano de 2024 comemorando saldos positivos sucessivos. Agora, no mês de dezembro, tivemos um saldo negativo de 2.617 vagas, o que significa dizer que mais pessoas foram demitidas do que contratadas”, destaca Pedro. “No entanto, observando a série histórica, o mês de dezembro costuma ter esse déficit, porque é um período em que a economia se reorganiza para o início do ano seguinte”, explica.
Ele ressaltou que o ano de 2024 teve indicadores positivos de uma forma geral, que demonstram uma retomada do setor industrial. “Em termos nacionais, temos a retomada da discussão de uma política industrial, que tenta reverter um processo que acontece em todo o país, inclusive no Rio Grande do Norte. Então já existem algumas ações e linhas de crédito que já surtem algum efeito”, frisa. “No nosso estado, as energias renováveis, a construção civil e petróleo e gás despontam nessa retomada”, completa.
O termômetro mostra que a inflação na cidade de Natal, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), subiu 0,38%. “Esse cenário também é semelhante ao contexto nacional, em que os alimentos subiram acima da inflação geral, que está em torno de 4,85%, enquanto os alimentos superaram os 6%. A carne, o café, o leite longa vida e as frutas, por exemplo, aumentaram bastante e impactaram no poder de compra”, diz o analista.
“Outros elementos também contribuíram para a inflação, como o transporte, que envolve a alta nos combustíveis e está diretamente ligado aos alimentos, uma vez que praticamente toda logística de transporte no Brasil é feita por via rodoviária”, acrescenta.
Diante dessas altas generalizadas, Pedro Albuquerque explica que a cesta básica também sofreu aumentos, totalizando 1,92% de alta. “São produtos que são difíceis de substituir, como legumes, tubérculos, pães e carnes, o que aumenta o custo de vida. Diante disso, podemos dizer que os potiguares não tiveram um fim de ano tão fácil em termos econômicos”, ressalta.
O Nossa Economia é exibido uma vez por mês sempre com dados do painel Termômetro Econômico do Mais RN. Com a iniciativa, a população tem acesso aos principais dados econômicos do RN, acompanhados permanentemente pela FIERN, de uma forma clara e didática.