Produção industrial potiguar modera recuo em janeiro, aponta FIERN

27/02/2024   09h23

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Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, no mês de janeiro de 2024, a produção industrial potiguar registrou moderação (indicador de 44,8 pontos) no recuo observado no levantamento anterior. Mesmo assim, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) avançou 3 pontos percentuais (p.p.) na passagem de dezembro para janeiro, atingindo 68%. O emprego industrial, por sua vez, apontou leve crescimento (50,3 pontos), interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas. Entretanto, os estoques de produtos finais aumentaram frente ao volume observado em dezembro (53,4 pontos), mas ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria (47,8 pontos).

 

Em fevereiro de 2024, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são positivas quanto à demanda (59,0 pontos), ao número de empregados (53,7 pontos) e às compras de matérias-primas (56,8 pontos). Contudo, as indústrias preveem estabilidade na quantidade exportada de seus produtos (50,0 pontos), pelo segundo mês seguido. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair, atingindo 63,1 pontos, o que representa recuo de 0,3 ponto em relação a janeiro (63,4 pontos), mas encontra-se 7,4 pontos acima do indicador de fevereiro de 2023 (55,7 pontos) e 11,6 pontos sobre sua média histórica (agora em 51,5 pontos).

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento diferente. As pequenas indústrias apontaram queda número de empregados e estoque efetivo acima do planejado. As expectativas para os próximos seis meses são pessimistas quanto à demanda, ao número de empregados e à compra de matérias-primas; e o indicador da intenção de investimento voltou a cair. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram aumento no número de empregados e estoque efetivo abaixo do desejado; e esperam ampliação da demanda, do número de empregados e da compra de matérias-primas nos próximos seis meses. Já a intenção de investimento ficou estável comparativamente ao levantamento anterior.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 22/02 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram queda no número de empregados e nos estoques de produtos finais em janeiro de 2024 (indicador de 49,4 e 48,6 pontos, respectivamente), e preveem aumento nas exportações nos próximos seis meses (53,4 pontos).

 

Expectativas

 

Em fevereiro de 2024, as expectativas do conjunto da indústria potiguar em relação aos próximos seis meses são otimistas com relação à demanda, ao número de empregados e às compras de insumos para os próximos seis meses. Porém, os empresários esperam estabilidade nas exportações (indicadores variam de 0 a 100 pontos; valores acima de 50 pontos revelam expectativa de crescimento; igual a 50, estabilidade; e abaixo disso, perspectiva de queda).

 

O indicador de expectativa da demanda declinou 1,2 ponto em fevereiro de 2024, passando de 60,2 para 59,0 pontos, mas permanece acima da linha divisória de 50 pontos, revelando que os empresários industriais esperam crescimento nas vendas dos seus produtos nos próximos seis meses. Na comparação com fevereiro de 2023, o índice subiu 2,9 pontos (56,1 pontos). Em termos de porte empresarial, as expectativas são diferentes. As pequenas empresas vislumbram retração na demanda nos próximos seis meses, conforme indicador de 41,7 pontos (ante 53,1 pontos de janeiro), enquanto as médias e grandes preveem aumento: índice de 64,6 pontos (contra 62,5 pontos do levantamento de anterior).

 

No que diz respeito à quantidade exportada, o indicador atingiu 50,0 pontos em fevereiro de 2024 – mesmo valor observado em janeiro -, mostrando que os empresários potiguares preveem estabilidade nas exportações nos próximos seis meses. Na comparação com fevereiro de 2023, o índice recuou 12,5 pontos (62,5 pontos). O índice diz respeito tão somente às médias e grandes empresas, cujo indicador assinalou 50,0 pontos, uma vez que não apareceram empresas exportadoras entre as indústrias de pequeno porte participantes da pesquisa.

 

O indicador de expectativa das compras de matérias-primas recuou 1,0 ponto em fevereiro de 2024, passando de 57,8 para 56,8 pontos, mas segue acima da linha divisória de 50 pontos, revelando que os empresários industriais esperam crescimento nas aquisições de matérias-primas nos próximos seis meses, ainda que menor. Na comparação com fevereiro de 2023, o índice não se alterou (56,8 pontos). As pequenas empresas preveem queda nas compras de insumos nos próximos seis meses, conforme indicador de 45,8 pontos (ante 50,0 pontos de janeiro), enquanto as médias e grandes vislumbram crescimento: índice de 60,4 pontos (face 58,3 pontos da Sondagem anterior).

 

Para conferir a Sondagem Industrial do RN, acesse:

www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2024/02/SONDIND_janeiro2024.pdf

 

Para mais informações sobre a Sondagem nacional, favor acessar o link:

static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/67/3b/673bb1a2-f620-4a80-8431ce05b61e6611/sondagemindustrial_janeiro2024.pdf