A indústria moveleira do Rio Grande do Norte deverá contar com um polo para impulsionar suas atividades. Trata-se de uma área na qual estarão concentradas as principais empresas industrias do setor, estruturas para armazenamentos de insumos necessários a esses empreendimentos, escritórios para prospecção de negócios, showroom, espaço para capacitação, pesquisa aplicada e laboratórios.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias e Marcenarias (SINDMÓVEIS-RN), Ney Robson da Rocha Alves, apresentou o projeto desse Polo Industrial Moveleiro potiguar ao secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), Thiago Mesquita, nesta quinta-feira (22). Também participaram da apresentação a coordenadora de Relações Institucionais e com o Mercado da FIERN, Ana Adalgisa Dias, o gerente técnico do Observatório Mais RN, Pedro Albuquerque, além de industriais do setor e a assessoria jurídica do Sindicato.
O presidente do SINDMÓVEIS afirmou que foram apresentados os diversos aspectos do projeto, entre os quais o que garante a sustentabilidade, o tratamento ambientalmente adequado das atividades que serão desenvolvidas na área, o cumprimento das exigências legais e das regulamentações dos órgãos de licenciamento e fiscalização.
“Comparecemos ao secretário para mostrar o projeto que temos de montar o polo industrial moveleiro e o que vai trazer ao setor, além dos aspectos, em termos de legalidade no tratamento dos resíduos e normas ambientais”, disse.
Inovação e sustentabilidade
Ele citou que há, no planejamento, a previsão de instalação de uma usina que vai coletar e tratar corretamente os resíduos de Natal, entre os quais os do próprio Polo, destinando essa madeira tratada para queima nas cerâmicas e, com isso, contribuindo no combate à desertificação das áreas do Estado que enfrentam esse problema.
“Está prevista também a instalação de um laboratório para o estudo de madeira para a construção de novas técnicas de estrutura”, informou. “A ideia é ter um laboratório em parceria com o SENAI e com o UFRN”, destacou.
Para o presidente do SINDMÓVEIS, o Polo Industrial Moveleiro vai agregar valor às empresas do setor, aumentar a competitividade e ampliar a empregabilidade das empresas do setor. “Com isso, teremos cada vez mais visibilidade do produto e toda essa concepção, vai implicar em cada vez mais uma melhoria de qualidade e valorizar os nossos produtos”, afirmou.
Ele acrescentou que o Polo vai transformar a visibilidade dos produtos do setor, assegurando a percepção de que são industrializados, ou seja, de que se trata de resultados de empreendimentos de uma indústria moveleira, que atualmente poderiam ser confundidos, sem essse esclarecimento, com o ‘fabricante informal’. “A indústria moveleira tem a característica de garantir quantitativo e qualidade, tranquilizando a sociedade, ao propiciar a visão macro de nossa produção. Isso é muito relevante diante deste momento no qual temos o novo Plano Diretor, com a expectativa de ampliação da oferta de moradias, além das possibilidades de exportações”, disse.
“Então, foi uma manhã reunião importantíssima, com uma receptividade positiva ao projeto e agora vamos avançar nas etapas subsequentes, levantamento para viabilidade deste Polo Moveleiro”, concluiu Ney Robson.
Texto: Aldemar Freire
Foto: Kívia Pandolphi/Ascom Semurb