Aluno da SESI Escola é aprovado em bacharelado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais

9/03/2023   11h56

Gabriel Mendes González, de 19 anos, é potiguar e fascinado pela ciência. O jovem, que cursou o Ensino Médio na SESI Escola São Gonçalo do Amarante, foi aprovado na Ilum Escola de Ciência, que faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) — uma oportunidade de unir seu fascínio à formação em uma instituição que é referência internacional.

 

O CNPEM opera quatro Laboratórios Nacionais e é o berço do projeto mais complexo da ciência brasileira – o acelerador de partículas Sirius, um dos três existentes no mundo. O centro reúne equipes multitemáticas altamente especializadas, infraestruturas laboratoriais globalmente competitivas, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores em parceria com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes.

 

Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas/SP, abriga o acelerador de partículas SIRIUS, o mais complexo projeto tecnológico do Brasil

 

Para Gabriel, o período que esteve na SESI Escola, de 2019 a 2021, foi fundamental para conquistar a vaga no bacharelado de Ciência, Tecnologia e Inovação da Escola de Ciências do CNPEM. “O SESI foi primordial para eu conseguir essa oportunidade. Em primeiro lugar, foi durante uma competição que participei pelo SESI que tomei conhecimento da Ilum”, relata.

 

Gabriel cursou o Ensino Médio na SESI Escola São Gonçalo do Amarante e destaca importância da escola na aprovação para a Ilum Escola de Ciências

 

O processo seletivo para entrar na instituição do CNPEM consistiu em três etapas. A primeira, foi classificativa com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na segunda, Gabriel contou sobre sua vivência estudantil e expectativas para o bacharelado em uma carta de interesse pela vaga. Por fim, participou de uma entrevista com a equipe multidisciplinar de professores da Escola de Ciências.

 

“Eles exigem que os candidatos tenham bastantes atividades durante o Ensino Médio. Pude participar de diversas competições e atividades extracurriculares durante esse período e todas essas vivências, que tive graças ao SESI, me garantiram um currículo completo para entrar no CNPEM”, destaca Gabriel.

 

Além de competições de robótica na categoria FTC, que exige a utilização de máquinas e circuitos utilizados por grandes engenheiros, o jovem também estava na equipe da SESI São Gonçalo do Amarante que foi vice-campeã da Primeira Competição Phenom de Mini Aeronaves de Baixo Custo. Ele ainda garantiu a medalha de prata na Olimpíada Sapientia Pocket, que estimula a produção de projetos que impactem a sociedade de forma efetiva.

 

No início de 2022, Gabriel também representou o SESI na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) — maior feira de ciências do país —, com um projeto inovador voltado para energias renováveis que conquistou o 3º lugar entre os 487 projetos finalistas. Foi nessa ocasião que ele tomou conhecimento da Ilum Escola de Ciências.

 

Oportunidade única

 

Durante o Ensino Médio na SESI Escola, Gabriel passou a se interessar pela Física e pelas Ciências Naturais. Desse interesse, surgiu a decisão de seguir a carreira por essa área. No ano passado, ele ainda cursou dois períodos do curso de Engenharia Mecatrônica, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No último dia 5, o jovem se mudou para Campinas, no estado de São Paulo, onde fica o CNPEM, e no dia seguinte já iniciou as aulas na Escola de Ciências.

 

“Fiquei muito contente porque é uma oportunidade muito grande de colocar o CNPEM, uma instituição de peso, no meu currículo”, aponta Gabriel. “Mas também é uma vivência inédita na minha vida pessoal, de viver em uma nova cidade, longe da família, mas fazendo o que eu amo”, continua.

 

Com o apoio do Ministério da Educação (MEC), o CNPEM expandiu suas atividades com a abertura da Ilum Escola Superior de Ciência

O bacharelado em Ciência, Tecnologia e Inovação da instituição segue o modelo utilizado em algumas universidades estadunidenses que já inserem os alunos na pesquisa científica. “É um bacharelado de mais de três anos de duração completamente voltado para a pesquisa científica”, explica Gabriel.

 

Logo no primeiro período, o curso garante uma imersão no acelerador de partículas, para que os alunos sem ambientem ao espaço de pesquisa. “É um dos poucos cursos no mundo onde o aluno pode iniciar a graduação como pesquisador e ter uma imersão completa em um ambiente de pesquisa. E não é qualquer ambiente, mas o SIRIUS”, completa o jovem.

 

A instituição incentiva os alunos do bacharelado a explorarem as diversas áreas que o curso aborda para, assim que terminarem a graduação, ingressarem em uma pós-graduação. “Espero que com essa oportunidade eu me aprofunde cada vez mais no ecossistema científico. Vou passar por diversas áreas para poder escolher uma área que seguirei, seja a de energias renováveis, como foi a do meu projeto na Febrace ou em alguma outra”, conclui Gabriel.