A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, o índice do nível de atividade do setor atingiu 40,7 pontos em março de 2023, mostrando queda em relação ao mês anterior, após apontar estabilidade em fevereiro. Ressalte-se, ainda, que o indicador atual está 2,7 pontos abaixo de sua média histórica (hoje em 43,4 pontos). Acompanhando o desempenho negativo da atividade, o número de empregados também caiu (46,3 pontos), mantendo o movimento de baixa que vem sendo observado desde outubro de 2022. No entanto, o nível médio de utilização da capacidade operacional (UCO) atingiu 44%, quatro pontos percentuais acima do índice de fevereiro (40%) e um ponto percentual superior ao valor registrado em março de 2022 (43%).  Com esse aumento, a UCO atinge o maior valor para um mês de março desde 2019, quando se situava em 46%. Mesmo assim, o índice está quatro pontos percentuais aquém de sua média histórica (hoje em 48%).

 

No primeiro trimestre de 2023, os empresários do setor revelaram insatisfação com as margens de lucros e com a situação financeira de suas empresas, e continuaram encontrando dificuldade de acesso ao crédito. Além disso, os preços médios das matérias-primas foram percebidos como mais elevados do que no trimestre anterior.

 

As altas taxas de juros, a demanda interna insuficiente, a inadimplência dos clientes, a falta de capital de giro e a elevada carga tributária foram os principais problemas enfrentados pela Indústria da Construção potiguar no primeiro trimestre de 2023, assinalados por 67%, 58%, 42%, 33% e 25% das empresas respondentes, respectivamente.

 

Todos os indicadores de expectativas sofreram queda em abril de 2023, quando comparados ao mês anterior. Em relação a compra de matérias-primas, as perspectivas ainda são positivas, mas menos otimistas.  Os indicadores do nível de atividade e do número de empregados apontam previsão de estabilidade nos próximos seis meses, indicativo de permanência em níveis baixos. Quanto aos novos empreendimentos e serviços, os empresários preveem queda.  A intenção de investimento, por sua vez, caiu, pelo segundo mês seguido, alcançando 27,8 pontos: 10,2 pontos abaixo do índice de março (38,0 pontos), 8,6 pontos aquém do patamar de abril de 2022 (36,4 pontos) e 4,5 pontos menor que sua média histórica (hoje em 32,3 pontos).

 

Comparando-se os índices mensais e trimestrais avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 24/04 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, os empresários preveem aumento no nível de atividade, nos novos empreendimentos e serviços e no número de empregados nos próximos seis meses, conforme indicadores de 52,5, 52,9 e 52,4 pontos, respectivamente.

 

Para ver a pesquisa na íntegra favor acessar o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2023/04/Sondagem-Industria-da-Const_mar2023.pdf

 

Para maiores informações sobre a Sondagem Nacional, favor acessar o link: https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/38/ac/38acf614-7dad-4e3d-882e136834db85bd/sondagemindustriadaconstrucao_marco2023.pdf

 

pesquisa FIERN