A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, no mês de outubro, a produção industrial potiguar voltou a cair (indicador de 47,5 pontos), ainda que de forma menos acentuada do que no levantamento anterior. Mesmo assim, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) cresceu de 70% para 73% na passagem de setembro para outubro. Adicionalmente, o emprego industrial registrou estabilidade (50,0 pontos). A pesquisa mostra também que os estoques de produtos finais subiram (55,8 pontos), puxados pelas médias e grandes indústrias, porém ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto do setor (48,5 pontos).

 

Além disso, todos os índices de expectativas recuaram em novembro de 2022 comparativamente ao mês anterior, e passaram a mostrar pessimismo, ou seja, os empresários potiguares preveem queda na demanda (indicador de 49,1 pontos), no número de empregados (49,6 pontos), nas compras de matérias-primas (48,3 pontos) e nas exportações (40,0 pontos) nos próximos seis meses. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair – pelo terceiro mês seguido -, atingindo 54,8 pontos, o que representa recuo de 1,2 ponto frente a outubro (56,0 pontos), mas ainda supera em 2,8 pontos o indicador de novembro de 2021 (52,0 pontos) e está 4,3 pontos acima de sua média histórica (hoje em 50,5 pontos).

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em vários aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram estabilidade na produção, após o declínio do mês anterior; estoques de produtos finais estáveis e abaixo do planejado; preveem queda na demanda e nas aquisições de insumos, mas esperam crescimento no número de empregados nos próximos seis meses. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram queda na produção; acúmulo de estoques de produtos finais, mas consideram que estes se encontram dentro do nível desejado; e as perspectivas para os próximos seis meses são de estabilidade na demanda e nas compras de matérias-primas e de queda no número de empregados.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 18/11 pela CNI para o conjunto do Brasil, observam-se tendências convergentes, uma vez que a produção do conjunto do país também registrou a segunda queda consecutiva. Há, porém, que se destacar que, no âmbito nacional, diferentemente do potiguar, os empresários apontaram recuo no emprego industrial (indicador de 49,6 pontos), estoques de produtos finais acima do nível planejado pelas empresas (52,4 pontos); e preveem crescimento na demanda por seus produtos (51,4 pontos) e estabilidade nas compras de matérias-primas (50,2 pontos) nos próximos seis meses.

 

Evolução mensal da indústria

Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 10 de novembro de 2022, mostram que a atividade industrial potiguar registrou nova queda em outubro, porém mais moderada do que a verificada no mês anterior.

 

O indicador de evolução da produção registrou alta de 3,2 pontos em outubro de 2022, passando de 44,3 para 47,5 pontos, mas permanece abaixo da linha divisória de 50 pontos, mostrando queda da atividade produtiva comparativamente ao mês anterior, ainda que em menor intensidade (valores abaixo de 50 pontos indicam queda). Em relação a outubro de 2021, o índice cresceu 2,9 pontos (44,6 pontos). Em termos de porte empresarial, as pequenas indústrias apontaram estabilidade na produção, enquanto as médias e grandes avaliaram que houve queda: indicadores de 50,0 e 46,7 pontos, respectivamente (ante 45,8 e 43,8 pontos, nessa ordem, da Sondagem de setembro).

 

O indicador de evolução do número de empregados subiu 0,7 ponto em outubro de 2022, passando de 49,3 para 50,0 pontos, revelando estabilidade no emprego em relação ao mês anterior. Na comparação com outubro de 2021, o indicador cresceu 5,2 pontos (44,8 pontos). Desdobrando-se os resultados mensais pelo tamanho das empresas, observa-se comportamento diferenciado entre os dois portes avaliados. O indicador das pequenas indústrias caiu 2,1 pontos, passando de 52,1 para 50,0 pontos. Já o das médias e grandes avançou 1,6 ponto, passando de 48,4 para 50,0 pontos. Entretanto, os dois índices atingiram 50 pontos, o que demostra estabilidade do emprego frente ao mês de setembro.

 

Para mais informações sobre a Sondagem Industrial do RN, favor acessar o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2022/11/SONDIND_out2022.pdf