Cluster Tecnológico Naval do RN abre as portas para novos associados em evento na Casa da Indústria

7/05/2024   19h07

A Associação do Cluster Tecnológico Naval do Rio Grande do Norte abriu as portas para o mercado em solenidade realizada na Casa da Indústria, nesta terça-feira (7). O evento marcou o lançamento do Cluster para a associação de novas empresas e entidades.

 

O Cluster Tecnológico Naval do RN é uma associação civil sem fins lucrativos – fundada por três empresas privadas (3R Petroleum, Emgepron e Intermarítima) e três instituições eméritas (FIERN, SENAI e Coopesbra), que visa impulsionar a geração de negócios relacionados à economia do mar potiguar e se amplia para os demais estados nordestinos. Tem como propósito a criação de um ecossistema de prosperidade, atuando em tríplice hélice frente à indústrias, fornecedores de produtos e serviços, armadores, investidores e demais partes interessadas nos principais segmentos de atuação.

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, destaca que o Cluster é um exemplo de ESG – governança ambiental, social e corporativa. “O Cluster tem como paradigma de atuação os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, que incluem a Energia acessível e limpa, Industria, inovação e infraestrutura e o respeito à vida debaixo d’água”, pontua.

 

 

“Temos um ativo natural que torna o Rio Grande do Norte um estado vocacionado para a atividade produtiva no mar. Por isso, precisamos pensar em como gerar desenvolvimento de forma ordenada”, afirma Serquiz.

 

O presidente do Cluster Tecnológico Naval do RN e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Amaro Sales, ressalta que a associação vai alavancar as oportunidades da economia marítima. “Vamos começar a discussão sobre essas oportunidades, que vão desde a reparação de embarcações até grandes operações na geração de energia eólica no mar”, acrescenta.

 

 

Já a governadora Fátima Bezerra anunciou a entrada do Governo do Estado na associação e enalteceu o papel de debater a economia do mar. “O Cluster é um projeto muito inovador que vai abordar a economia de um futuro que já começou”, declara.

 

“É uma iniciativa pioneira no Nordeste e olha para os potenciais do Rio Grande do Norte, como as energias, a pesca e até o turismo. O governo tem um papel fundamental nesse cenário, na regulamentação para garantir o desenvolvimento dessas atividades”, completa Fátima.

 

 

Os representantes das empresas e entidades que fundaram o Cluster apresentaram as visões para a atuação da associação.

 

O presidente da Cooperativa de Produção e Serviços da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura do Brasil (Coopesbra), Gabriel Calzavara, ressalta o papel do Cluster de unir os atores da economia do mar. “Precisamos pensar nos desafios e soluções e entender como atuar para aproveitar as oportunidades que o Rio Grande do Norte oferece”, afirma.

 

Para o diretor do SENAI-RN, Rodrigo Mello, é papel do Cluster pensar no melhor aproveitamento dos ativos potiguares de forma estratégica. “A perspectiva é ser animador de um processo já existente, mas é hora de olhar o estado e seus potenciais de forma estratégica”, comenta.

 

A gerente de Assuntos Institucionais da 3R Petroleum, Larissa Dantas, frisou a importância do Rio Grande do Norte no portfólio de atuação da empresa. “Temos uma gama de atividades desenvolvidas no ambiente marítimo, então é muito importante estarmos no centro do debate sobre a economia do mar”, aponta.

 

O representante da Intermaritima Portos & Logística, Rivaldo Araújo, pontua que “a empresa tem atividades diretamente ligadas ao mar, com mais de 35 anos de operações portuárias e de logística no Nordeste, por isso é fundamental integrar o Cluster e suas atividades”.

 

Já o secretário executivo do Cluster Tecnológico Naval do RN, Daniel Penteado, fez uma apresentação institucional da associação, explicando o objetivo e a atuação. “O Cluster é a ligação entre empresas e entidades para uma virada de chave no debate sobre economia do mar”, explica.

 

Também participaram da solenidade o 1º vice-presidente da FIERN, Francisco Vilmar Pereira; o diretor 1º secretário, Heyder Dantas; o diretor 1º tesoureiro, José Garcia da Nóbrega; presidentes de sindicatos da indústria, representantes do setor produtivo, de instituições financeiras e autoridades civis e militares.

 

 

Clusters navais no Brasil e oportunidades do petróleo na margem equatorial

 

A solenidade contou com a palestra do Almirante Edésio Teixeira, presidente da Empresa de Gerenciamento de Projetos Navais (Emgepron), que falou sobre os Clusters marítimos brasileiros e o Cluster Tecnológico Naval do RN.

 

“O mar é uma grande fronteira para o desenvolvimento humano e é papel dos clusters, reunindo empresas e instituições para realizar ações. O RN tem o potencial de ser o grande precursor dessas ações na região Nordeste”, avalia Edésio.

 

O gerente do Observatório Nacional da Indústria da CNI, Márcio Guerra, também proferiu uma palestra sobre os impactos econômicos da exploração petrolífera na margem equatorial brasileira. “A transição energética tem como base as fontes de energia de carbono, então precisamos aproveitar as reservas do petróleo para possibilitar a exploração de fontes renováveis”, explica. “Nesse sentido, estamos de olho na economia do mar e vamos apoiar o Observatório da Indústria Mais RN no trabalho junto ao cluster para pensar nessas oportunidades”, acrescenta Guerra.