Os diretores da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte e presidentes de sindicatos associados repercutiram o debate, promovido pela FIERN, sobre os impactos da Reforma Tributária na Indústria, que ocorreu nessa segunda-feira (02), na Casa da Indústria. O evento contou com painéis do presidente da Federação, Roberto Serquiz; do secretário especial da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy; do conselheiro emérito da CNI e ex-senador, Armando Monteiro; e do secretário da Fazenda do RN, Carlos Eduardo Xavier.

 

O 1º vice-presidente da FIERN, Vilmar Pereira, destacou que está otimista com a reforma tributária. “Essa reforma tributária vem se arrastando há décadas e nós, da indústria, temos todo interesse para que aconteça. Existem os pessimistas e existem os otimistas. Eu sou extremamente otimista com todas as nossas posições e acredito que, caso a reforma se concretize como está posto, a indústria será muito beneficiada. Isso depende também das nossas ações políticas”, ressalta.

 

Heyder Dantas, diretor 1º secretário da FIERN, destacou que o debate trouxe esclarecimentos importantes sobre os impactos da reforma para o setor industrial. “É um momento que vem trazer a lucidez sobre os impactos da Reforma Tributária para contribuir com a atração de novas empresas para o nosso estado. Então, estamos com personagens que estão bem envolvidos nesse momento, como o senador Armando Monteiro e Bernard Appy”, afirma.

 

O diretor 2º secretário da Federação, Etelvino Patrício, destacou a necessidade de entender as possíveis reduções ou aumentos de carga tributária e de como essas mudanças se refletirão no cotidiano das empresas. “Desta forma, teremos a possibilidade de questionar ou tirar dúvidas pertinentes porque nós estamos numa situação de ansiedade para entender realmente a reforma, no seu contexto geral, e transmitir isso no dia a dia dentro das indústrias, seja com redução de carga tributária seja com aumento da carga tributária”, ressaltou.

 

Djalma Barbosa Júnior, diretor 2º tesoureiro da FIERN, viu o evento como uma oportunidade para discutir a reforma tributária e elogiou a presença dos especialistas. Para ele, a discussão é necessária para incentivar a percepção dos impactos da reforma no ambiente industrial. “Para nós é de suma importância, até para incentivar a percepção dessas pessoas que estão nesse ambiente e a repercussão do impacto nos setores industriais”, complementa.

 

A vice-presidente da FIERN e presidente do Sindicato das Indústrias de Material e Laminados Plásticos do Rio Grande do Norte (SINDIPLAST-RN), Conceição Tavares, afirmou que, após anos aguardando melhorias na tributação brasileira, o debate foi uma chance importante para entender os impactos da reforma nas empresas. “Para mim, é muito importante porque há muitos anos esperamos por uma melhora na tributação brasileira. Estava animada para entender os impactos da Reforma Tributária nas nossas empresas”, disse.

 

Marcelo Rosado, vice-presidente da FIERN e presidente da Comissão Temática de Meio Ambiente (COEMA), trouxe à discussão a preocupação das empresas nordestinas com a possível perda de incentivos fiscais, o que poderia impactar a competitividade ao longo das grandes distâncias até os centros consumidores. “Esse vai ser um grande desafio e a gente entende que passa por você se capacitar de como conseguir deixar seus produtos com maior tecnologia, mais competitivo, mais atrativo, porque pelo preço você vai ter dificuldade de competir”, destaca.

 

Ednaldo Barreto, vice-presidente da FIERN e presidente do Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias do Estado do Rio Grande do Norte (SINDAL), destacou os impactos positivos da reforma tributária, especialmente no contexto do Brasil. “Os impactos da Reforma Tributária dentro do contexto do Brasil são muito positivos porque simplifica o processo de tributação para a indústria, tira a cumulatividade, incentiva as exportações, gera uma série de desonerações, deixa mais justo e mais equilibrado o sistema tributário”, disse.

 

Silvio Torquato, secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, destacou a importância do momento para a classe empresarial do Rio Grande do Norte, especialmente pela participação de Armando Monteiro, que possui um profundo conhecimento da indústria no Nordeste e no Brasil. “Eles mostraram à classe empresarial do nosso estado como devemos nos conduzir e como se deve construir para enfrentar a Reforma Tributária”, comenta.

 

Silvio Bezerra, presidente da Comissão Temática de Relações Internacionais e Comércio Exterior (CORIMEX), destaca que entender esses impactos é crucial para que as empresas possam se preparar adequadamente para as mudanças. “É importante para que possamos entender de que forma isso interfere nas nossas empresas e na competitividade que teremos após o estabelecimento da reforma”, comentou.

 

O presidente da Federação do Comércio, Bens e Serviços (Fecomércio-RN), Marcelo Queiroz, também prestigiou o evento e parabenizou o presidente da FIERN, Roberto Serquiz, pela iniciativa. “Gostaria de parabenizar o presidente Roberto Serquiz e parabenizar a todos que fazem a FIERN por essa iniciativa, principalmente pelo nível dos palestrantes. O doutor Armando e o doutor Bernard Appy, que são duas pessoas realmente dentro do ramo. A Fecomércio vem discutindo esse tema relacionado ao comércio, ao serviço e ao turismo, e hoje a gente também aprendeu um pouquinho vendo o que vai acontecer na indústria”, finalizou.

 

Evento detalha mudanças da reforma no RN e no Brasil

 

Os painéis proporcionaram um espaço para que diretores e especialistas discutam os desafios e oportunidades que a reforma tributária poderá trazer para a indústria no Rio Grande do Norte.

 

O conselheiro da Confederação Nacional das Indústrias, ex-senador Armando Monteiro, e o presidente da FIERN, Roberto Serquiz, destacaram um prognóstico positivo para a economia do país e do Estado, com melhorias na competitividade da indústria, a partir da reforma tributária.

 

O secretário da Reforma Tributária, Bernard Appy, falou sobre a projeção favorável para a atividade econômica, principalmente no setor industrial em decorrência das mudanças no sistema tributário

 

Presidente do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal), Carlos Eduardo Xavier, que é Secretário Estadual da Fazenda, também apresentou um painel sobre as mudanças no sistema tributário nacional e os impactos no RN.

 

O vice-presidente da CNI, Amaro Sales, o presidente do conselho deliberativo do SEBRAE, Itamar Manso, o superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, e o deputado federal Fernando Mineiro, também participaram do evento, além de presidentes e diretores dos sindicatos representativos de setores da Indústria e empresários.

 

 

Texto: Líria Paz

Fotos: Ascom/Fecomércio