Em reunião da CNI, SENAI-RN apresenta como tem impulsionado o Hidrogênio Sustentável no Brasil

25/10/2022   16h37

O diretor do SENAI-RN, Rodrigo Mello, fará a apresentação na 2ª reunião do Comitê da Indústria para o Hidrogênio Sustentável, da CNI

 

O diretor do SENAI do Rio Grande do Norte, Rodrigo Mello, apresenta nesta quarta-feira (26), em São Paulo, os trabalhos que o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) desenvolvem para o Brasil com foco no hidrogênio. A apresentação será parte da 2ª reunião do Comitê da Indústria para o Hidrogênio Sustentável da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

A ideia, segundo Rodrigo Mello, é apresentar os projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em execução, a infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas, a participação em chamadas públicas e detalhes de outras iniciativas do SENAI com esse foco.

 

O hidrogênio está no centro de estudos e projetos da instituição há 18 anos. A busca é por rotas alternativas de produção – aquelas que não geram emissão de carbono no processo industrial – e por outras soluções na área.

 

O ISI-ER entra em cena nesse contexto como o principal centro de pesquisa aplicada no Brasil com foco em energias renováveis e sustentabilidade, incluindo novas tecnologias como o hidrogênio. Também participa do Programa Nacional do Hidrogênio, como membro da Câmara de Fortalecimento das Bases Científico-Tecnológicas.

 

O CTGAS-ER, por sua vez, é o centro de excelência para soluções de educação que o país desenvolve, em parceria com a Alemanha, para formação de profissionais que irão atuar na cadeia produtiva.

 

“Como essa é uma cadeia industrial nova no Brasil, a CNI quer manter uma espécie de observatório do que está acontecendo, das tecnologias, dos investimentos e de para onde o setor industrial envolvido vai, como uma espécie de comitê de acompanhamento que possa auxiliar a entidade na discussão de problemas e soluções para que o processo de desenvolvimento esperado seja bem-sucedido e consiga amenizar os impactos de gargalos que porventura venham a surgir no caminho”, observa Rodrigo Mello, ressaltando a importância do Comitê para o setor, considerado estratégico em um contexto de demanda mundial crescente e de novas fronteiras que se abrem no país, no campo das energias.

 

O Hidrogênio
O chamado hidrogênio sustentável é um gás menos poluente, obtido como hidrogênio verde – proveniente da eletrólise, um processo físico-químico que utiliza a energia de fontes renováveis como eólica e solar – ou, por exemplo, a partir de matérias-primas orgânicas, como o bioetanol e o glicerol provenientes da produção do biodiesel. Ambos são alternativas à produção a partir de gás metano, mais comum hoje e mais poluente.

 

O hidrogênio verde é o que mais se discute hoje no Brasil. A indústria do setor está em processo de estruturação nacionalmente, e à espera de regulamentação.

 

É esse hidrogênio, produzido a partir de fontes renováveis, que é enxergado como caminho estratégico do Brasil para transportar energia para outros países.

 

Seria um possível meio de armazenamento de energias limpas para exportação e desponta, ainda, como possibilidade de insumo para uso em processos industriais, assim como uma nova opção de combustível em substituição aos tradicionalmente utilizados, considerados poluentes.

 

Comitê
O Comitê da Indústria para o Hidrogênio Sustentável foi instituído este ano como parte dos esforços da CNI para implementação da Estratégia da Indústria para uma Economia de Baixo Carbono, apoiada em 4 pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal.

 

Representantes das Federações das Indústrias de todo o país participam. O SENAI-RN se insere no grupo como representante do Sistema FIERN, que engloba SENAI, SESI, IEL e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte.

 

O intuito, segundo a Confederação Nacional da Indústria, é apoiar a construção de marcos regulatórios e políticas públicas para o hidrogênio sustentável, bem como aprimorar uma política industrial que incorpore os elementos necessários para o desenvolvimento deste vetor energético.

 

A agenda de trabalho prevista para esta quarta-feira contempla apresentações sobre iniciativas do SENAI e de indústrias que já estão desenvolvendo os primeiros projetos em hidrogênio sustentável. Esta será a segunda reunião do Comitê.