Em Workshop na UFRN, diretor do SENAI apresenta ‘chaves’ para sucesso profissional: “Flexibilidade, qualificação e atitude”

21/09/2022   15h32

Rodrigo Mello disse a engenheiros e engenheiras em formação na UFRN que qualificação permanente é fundamental, mas é preciso ter mais do que certificados

 

O diretor regional do SENAI do Rio Grande do Norte, Rodrigo Mello, defendeu nesta terça-feira (20) que “flexibilidade, investimentos permanentes em qualificação e atitude” estão entre as principais chaves para o sucesso profissional no mercado de trabalho. Os requisitos foram destacados no VI WIEM – Workshop Internacional de Engenharia de Materiais, que segue até sexta-feira (23), na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 

 

Engenheiro agrônomo e especialista em engenharia da produção, Mello desenvolveu carreira em instituições públicas e privadas que estimulam a competitividade do agronegócio e da indústria. Ele ocupa, pela segunda vez, o cargo de diretor regional do SENAI no estado. Além disso, desde janeiro de 2019 é diretor dos principais centros de referência do SENAI no Brasil para pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco em energia eólica, solar e sustentabilidade – o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) – e para serviços e soluções de educação profissional voltados às indústrias de energia e do gás – o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do SENAI-RN. 

 

Os requisitos profissionais que, na avaliação dele, fazem os olhos do mercado brilhar, foram abordados na mesa-redonda “O Mercado de Trabalho e seus desafios”, dentro da programação do Workshop.

 

Mello compartilhou detalhes da própria história e foi direto ao recomendar a estudantes de engenharia que participaram do evento: “Não cansem de se qualificar. Sejam conhecedores profundos de suas áreas, mas com a flexibilidade necessária para trabalhar em várias outras”.

 

Segundo ele, entretanto, “não basta ter certificado”. “É preciso ter segurança no conhecimento que vocês vão aplicar. É preciso que estejam prontos para atuar em ambientes coletivos e plurais e também que entendam como se diferenciar no mercado, onde muito suor e dedicação vão ajudar mais do que sorte”, acrescentou o diretor. 

 

O diretor destacou, ainda, que “o mercado de trabalho está pujante”, e que os estudantes “não devem se preparar apenas para serem empregados, mas, sim, para participar da cadeia de negócios” – se referindo à importância também do empreendedorismo.

 

“Não desistir nunca e adaptar-se”

 

Mesa-redonda também destacou importância de estágios, de outros programas que contribuem com a formação profissional e do desenvolvimento humano

 

A mesa-redonda também teve entre os convidados o diretor de Inovação da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e presidente da Comissão Temática de Inovação, Ciência e Tecnologia (COINCITEC/FIERN), Djalma Barbosa Júnior – engenheiro civil de formação que contou a própria trajetória acadêmica e profissional na Água Mineral Cristalina. Ele exerce a função de diretor-presidente da indústria.

 

Barbosa avaliou que o mais importante na trajetória profissional é “não desistir nunca e gostar do que se faz”. “Estamos vivendo um momento dinâmico no mercado, um momento de resiliência, do adaptar-se à, e esse momento é atrelado à felicidade”, destacou ele. 

 

O especialista em Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal – maior produtora de aço do mundo – Flávio José Saraiva Rodrigues, o pesquisador da empresa, Jetson Ferreira, o coordenador de assessoria técnica do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA-RN), André Luiz Moura, e o pós-doutor em Ciência e Engenharia de Materiais, Bruno Costa, especialista em cimentação de poços formado pela Halliburton Training Center, no México, também participaram do debate.

 

Flávio Rodrigues, da ArcelorMittal, frisou que o campo está aberto e é vasto para o ingresso de novos engenheiros. Jetson Ferreira, também da companhia, adicionou o que considera ser fundamental: “Procurar ser mais raro no mercado. E só se consegue isso se capacitando”. 

 

André Moura, do CREA, e Bruno Costa reforçaram outras habilidades técnicas e comportamentais, entre elas, “ter atitude” e se dar bem com trabalho em equipe, em ambiente proativo e colaborativo. 

 

Os convidados também ressaltaram a importância de estágios, de outros programas que contribuem com a formação profissional e do desenvolvimento humano dentro da universidade.