Indústria da construção registra queda no ritmo de crescimento em outubro, mostra CNI

23/11/2022   08h15

 

A Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra desaceleração em dois indicadores importantes para o setor: atividade e emprego. O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção passou de 53,4 pontos para 50 pontos em outubro de 2022. Esse indicador varia de 0 a 100, e dados acima de 50 pontos indicam crescimento, abaixo desse valor, queda. Como ficou exatamente na linha divisória, a atividade mostrou-se estável entre setembro e outubro.

 

O índice de evolução do nível de número de empregados da construção recuou de 53,4 pontos para 50,6 pontos em outubro de 2022. Mesmo com a queda no ritmo de alta, o emprego subiu na construção. Assim, outubro registrou a quinta alta consecutiva nas contratações.

 


“A estabilidade na atividade da construção ocorreu após sequência de quatro meses de altas significativas e o emprego cresceu muito pouco, mas cresceu. Ainda temos dados elevados apesar da desaceleração. Mas as expectativas indicam que, nos próximos meses, seguiremos com um ritmo menor de expansão, até mesmo com uma possível queda da atividade e do emprego em algum mês”, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.


 

 

A Utilização da Capacidade Operacional da construção não variou, permanecendo em 68% pelo quarto mês consecutivo. É o mais elevado nível de utilização da capacidade operacional na construção para um mês de outubro desde 2013.

 

Confiança da construção sofre forte queda

Em novembro de 2022, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria da construção caiu 6,2 pontos, para 53,9 pontos. O principal fator que explica o recuo foi a expectativa para a economia brasileira para os próximos seis meses, que indica migração de um estado de otimismo para um estado de pessimismo dos empresários da construção.

 

 

Expectativas da construção permanecem positivas

Os empresários da construção seguem otimistas, mas o otimismo se mostra bem mais moderado que em meses anteriores. Os empresários da construção esperam menor crescimento da atividade e menor número lançamento de novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses. Além disso, pretendem comprar menos insumos e matérias-primas e aumentar menos o número de empregados.